A construção civil, um dos setores que mais gera emprego em Itaúna, segue sendo um dos menos inovadores do mundo, gerando desperdícios e aumentando os custos, apesar dos desafios em infraestrutura no Brasil. Com a chegada da DeepSeek, nova inteligência artificial de alto desempenho e custo reduzido, uma nova dinâmica permitirá que startups desenvolvam soluções baseadas em IA para monitoramento de obras, gestão de suprimentos, previsão de falhas e aumento da produtividade.
“Hoje, a construção civil é um dos setores menos digitalizados. A baixa adoção de tecnologia impacta diretamente a eficiência operacional, o que resulta em baixa produtividade, desperdício de materiais e dificuldades operacionais que poderiam ser resolvidas com o incentivo à inovação”, afirma Aluir Dias Purceno, CEO da Vetor AG Ventures, corporate venture building da Andrade Gutierrez, uma das maiores empresas de engenharia da América.
De acordo com o Banco Mundial, o déficit do Brasil em infraestrutura deve atingir US$ 778 bilhões até 2030, exigindo investimentos massivos para suprir necessidades críticas em áreas como saneamento, transporte e energia. Com custos reduzidos, a adoção da IA em construtechs pode se tornar uma realidade ainda mais rápida, acelerando a transformação digital de um dos setores historicamente mais resistentes à inovação.
Esse cenário explica a importância do apoio e desenvolvimento de startups, “oferendo não apenas capacitação, mas a chance de testar, validar e escalar suas soluções junto a grandes clientes, reduzindo riscos e aumentando suas chances de sucesso”, acrescenta Purceno.
TRANSFORMAÇÃO A expectativa para 2025 é que o ecossistema de startups continue evoluindo, mas os investidores adotem uma postura mais estratégica e criteriosa. O foco não estará apenas no potencial de crescimento, mas sim na capacidade das startups de gerar lucro e resolver desafios estruturais.