A Univale Transportes, que tem garagem em Itaúna e atende a Mineração Usiminas em Itatiaiuçu, planeja crescer 15% em 2025, mirando novas oportunidades no mercado. A empresa sediada em Coronel Fabriciano, no Vale do Aço, tem como principal receita o segmento de fretamento, mas também conta com projetos voltados para outras áreas, como logística dedicada. Recentemente a Univale recebeu um aporte de R$ 28 milhões do fundo capixaba de investimentos Apex Partners, que adquiriu participação minoritária na empresa.
Em 2024 a Univale encerrou o ano com um faturamento de R$ 300 milhões, crescendo a uma média de 20% ao ano. O diretor institucional, Pedro Chieppe, ressalta, contudo, que a empresa não tem pressa para crescer. “Entendemos o momento desafiador que estamos passando e queremos continuar a focar em negócios em que somos eficientes e emplacando margens bem avaliadas dentro do setor em que nós atuamos. Vamos continuar crescendo, mas com os dois pés no chão”.
Atualmente, a Univale opera com uma frota de aproximadamente 800 veículos, a maioria ônibus, e 1,2 mil funcionários. A empresa tem como principais mercados a região do Vale do Aço e cidades da Região Metropolitana de Salvador, com a subsidiária Turim, além de empresas dos setores de mineração, siderurgia, papel e celulose e petroquímico, como a Vale, Cenibra e a própria Usiminas.
Para Pedro, tanto o mercado de fretamento privado quanto o de logística dedicada oferecem oportunidades de ampliação. A estratégia inclui a aquisição de novos clientes, fusões e aquisições de outras empresas. Ele aponta o interesse da Univale em expandir a atuação para outras regiões, como os estados da região Centro-Oeste do País.
“Esses mercados não são dominados por um determinado grupo de players. Existem muitas empresas relevantes e um grande potencial de crescimento. Eles também contam com muitas empresas familiares, que sofrem dificuldades no processo de sucessão, o que pode gerar uma grande oportunidade para muitos players no mercado”, afirma. “No Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, por exemplo, há mais de R$ 100 bilhões a serem investidos nos próximos cinco anos”.
O CEO da Univale, Angelo Chieppe, aponta para o impacto da turbulência da macroeconomia brasileira no setor de logística. Ele destaca que as margens operacionais sofrem pressão dos insumos dolarizados e o resultado financeiro acaba sendo impactado pela alta das taxas de juros, podendo comprometer os índices de liquidez e solvência das empresas.
“Esse cenário, no entanto, abre espaço para nos movimentarmos e buscarmos oportunidades de consolidação no setor”, pondera.
Além de reforçar a estrutura de capital, o aporte da Apex Partners na Univale deve financiar o crescimento orgânico e oportunidades de aquisições. A contribuição, avalia Angelo, contribuirá com a alavancagem do negócio. “Uma vez que tem expertise e competência complementar à nossa, sem contar a capilaridade nos mercados regionais, que é onde operamos”, diz.
Angelo – que é neto do fundador da empresa, Claudio Moura, falecido em 1997 – se uniu a seu primo Pedro para reestruturar o negócio no último ano e dar saída a outros familiares. Antes de assumir a Univale, tanto Angelo quanto Pedro trabalharam na própria Apex. Com a entrada na Univale, afastaram-se do dia a dia da Apex, mas seguiram como sócios do grupo. (com informações do Diário do Comércio e Brazil Journal)
E MAIS…
Metodologia com potencial competitivo
Pedro Chieppe destaca a relevância que a Univale já possui no mercado nacional de fretamento, com uma metodologia com potencial competitivo. A expectativa da empresa é levar esse modelo de gestão para outras áreas de atuação, como a logística dedicada. Além disso, o diretor institucional ressalta que a empresa pretende ampliar a participação em setores importantes para a economia brasileira, por meio de diferentes serviços para empresas do setor de papel e celulose e da mineração, como na região de Itaúna. “O objetivo é levar o ‘modelo Univale’ para outras áreas que sejam relevantes dentro da estratégia de nossos clientes”, conclui.
