Poucos dias depois do prefeito de Itatiaiuçu, Romer Soares (Cidadania), divulgar um vídeo pedindo “humanidade” no tratamento de pacientes em Itaúna, o Hospital Manoel Gonçalves foi alvo de nova denúncia envolvendo partos de bebês. Desta vez, uma avó foi às redes sociais denunciar um caso de possível negligência médica que resultou na morte do neto, neste domingo (27). Em um vídeo, que viralizou na cidade nesta terça-feira (29), a mulher aponta que a filha deu entrada no HMG no início da manhã e ficou em trabalho de parto até por volta de 17h30, quando foi transferida para uma cesárea “de urgência”. Segundo ela, durante o parto no quarto a cabeça da criança saiu e entrou três vezes. O HMG declarou à imprensa que o caso será apurado.
“A gente estava sendo acompanhado por duas pessoas lá que me falaram que era médica, mas não me falaram que era médica de clínica geral”, afirma. Nesse momento, outra mulher que aparenta gravar o vídeo interfere e diz: “Ela é residente em obstetrícia”.

A senhora alega que pediu várias vezes que a filha fosse transferida para a sala de cirurgia para fazer uma cesárea, mas foi ignorada. “Eles mataram o meu neto. Não deram a assistência que precisava. Subiram com a minha menina bem dizer desfalecida, com a cabeça pra trás, morta de tanto fazer força e não saia. Resolveram fazer mais três tentativas lá e depois uma cesárea. Quando foi fazer a cesárea o menino estava agarrado na vagina e as médicas olhando”, desabafa.
A avó pede que o vídeo circule e clama por Justiça pelo neto. “Eu quero justiça”, desabafa.
De acordo com o HMG, “a comissão de óbitos do hospital já foi acionada para apurar o ocorrido”.
CASO SEMELHANTE Outra mãe que teve um bebê em Itaúna recentemente entrou em contato com o @viuitauna relatando ter acontecido “a mesma coisa que sempre tem acontecido com várias”.
Segundo a cidadã, chegou ao HMG cedo, mas só teve o bebê à 00h30 em uma cesariana de emergência porque implorou chorando para a médica. “Até ficar de quatro, no chão, ela me fez ficar pra ver se o menino saía”, afirma. A mulher aponta que a médica que fez seu parto a humilhou o “quanto pode”, fazendo o parto assistindo a um jogo do Cruzeiro no celular e proferindo palavrão. “Esses médicos são irresponsáveis, sem amor e sem zelo pelo paciente”, reclama.
A mulher diz ainda ter “trauma quando lembra dessa situação” e medo de ter outro filho na maternidade de Itaúna, estando disposta a avisar os familiares a acionar a imprensa, e até polícia, caso fosse preciso. “Hoje tenho certeza que foi Deus quem guardou o meu filho. Porque ele nasceu roxinho tadinho”.