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Durante a visita do Ministro da Educação Milton Ribeiro à Divinópolis nesta quinta-feira (18), o prefeito da cidade, Gleidson Azevedo (PSC), disse que prefere “morrer” a defender a ideologia de gênero. Justificando defender a família, Azevedo apontou o irmão vereador Eduardo Azevedo (PSC) na plateia e ressaltou que sancionou a lei que proíbe a linguagem neutra nas instituições de ensino no município vizinho.
A lei foi sancionada em 24 de setembro. Durante o encontro, que reuniu prefeitos da região Centro-Oeste, o ministro garantiu a realização do Exame Nacional de Ensino Médio (Enem) em 21 e 28 de novembro e classificou a demissão em massa do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) como de “caráter político”. 37 servidores deixaram os cargos alegando fragilidade técnica e administrativa da atual gestão máxima.
“Não será suspenso de jeito nenhum. As questões fazem parte de um grupo de questões que estão preparadas desde três, quatro anos”, argumentou Ribeiro, dizendo que as provas estão impressas há mais de três meses.
O Ministro da Educação voltou a afirmar que não tem influência para decidir sobre as questões das provas do Enem, disse que se trata de um movimento “mais de caráter político do que acadêmico” e que as demissões ocorreram devido a cortes de gratificações. Ressaltou também que são servidores “altamente politizados”.
“Dos 37, os 37 recebem gratificação, os que mais recebem, tem alguns que recebem só de gratificação R$ 60 mil a R$ 100 mil por ano, agora eles vêm falar que não foi por causa de dinheiro, eu respeito, mas não acredito”, criticou.
COM A CARA DO GOVERNO Ribeiro também voltou a dizer que a prova terá a cara do governo no sentido “ético, competente, honesto, sério” e deu o assunto como superado.
A Defensoria Pública da União (DPU) entrou na Justiça pedindo que o Inep comprove que o exame será realizado em segurança. Ele terá o prazo de 24 horas para responder aos questionamentos do órgão. A ação tramita na 14ª Vara Cível Federal de São Paulo e aguarda decisão judicial.
A DPU pede explicações sobre quais medidas foram e estão sendo adotadas para que a saída de servidores que atuavam diretamente no Enem não coloque em risco a segurança do exame contra vazamento de informações e contra fraudes. Questiona também se, durante a preparação das questões, houve ingresso de pessoas além dos examinadores em áreas restritas e quais procedimentos foram adotados para que não houvesse vazamentos. (Com informações do Portal Gerais)