Com inflação em alta, rede de supermercados de Itaúna também limita venda de produtos por cliente

@viuitauna

Depois de uma rede de Divinópolis, um supermercado com sede em Itaúna e lojas na região também limitou a venda de produtos básicos por cliente. A justificativa é a inflação atual no Brasil, com pressão pelo aumento dos preços ao consumidor final, além de atraso no fornecimento. Na lista dos itens que compõem a cesta básica estão arroz, leite, óleo de soja e açúcar.

Diretor-presidente do Supermercados Rena, Alexandre Maromba, afirma que a estratégia foi adotada com o intuito de aumentar o estoque dos produtos, de forma a demorar mais a repassar o aumento aos clientes. “Estamos vivenciando um momento de altos índices inflacionários, principalmente nestes produtos citados que formam a cesta básica. Com isto a pressão pelo aumento dos preços ao consumidor final é muito forte. Também, devido a inflação, alguns destes itens chegam a atrasar o fornecimento”, aponta ao @viuitauna.

Segundo Maromba, os preços do Rena tem atraído comerciantes ou transformadores, que compram grandes quantidades de produto para revenda, descaracterizando a venda a varejo da rede. Além de Itaúna, o Rena atua em Divinópolis, Oliveira e Nova Serrana, na região Centro-Oeste, Mateus Leme e Juatuba, na Grande BH.

“Como varejistas que somos, o nosso objetivo principal é atender as famílias. Ou seja, o consumidor final, que compram quantidades normais para o abastecimento dos membros de uma família média. Daí a necessidade de se limitar a quantidade de alguns itens, garantindo estoque mínimo dos produtos”, argumenta.

EVITAR O OPORTUNISTA Em Divinópolis, o presidente do Grupo ABC, que também tem loja em Itaúna, explicou ao jornal Estado de Minas que a decisão de limitar a venda visa “evitar o oportunista”, varejista que limpa a gôndola e leva tudo. O empresário disse que a medida preventiva atende exigências do Ministério Público de Minas Gerais.

O presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Divinópolis e empresário do ramo supermercadista, Gilson Amaral, classificou o episódio de “estratégia de venda”. Reconhecendo o aumento expressivo dos produtos, ele disse que não há desabastecimento e que os “supermercados que adotam essa estratégia estão fomentando o desabastecimento”.

“Se o consumidor se sentir pressionado a comprar uma quantidade maior para não faltar, aí ele vai fomentar a inflação, o que é desnecessário até agora. Nenhum fornecedor está deixando faltar produto, eles estão vendendo a quantidade que eu preciso. Estou comprando mais caro, mas falta de mercadoria não tem”, argumentou.

SAIBA MAIS:
Cesta básica subiu 36,5% em Divinópolis

Em Divinópolis, o custo da cesta básica subiu 36,5% nos últimos 12 meses. Em fevereiro de 2022, a alta foi de 6,93% em relação a janeiro, segundo o Núcleo de Estudos e Pesquisas Econômicos-Socias (Nepes) da Faculdade Una. O óleo de soja e o feijão aumentaram 7,85% e 6,22%, respectivamente, comparado ao mês anterior. (com informações do Estado de Minas)

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Previous post Blazer levada de assalto em Itatiaiuçu é recuperada pela PM; quarteto é preso durante abordagem
Next post Gustavo Mitre e vereadores vão à sede do DER-MG solicitar a execução de obras nas MGs-050 e 431