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Vereadores cobraram na reunião ordinária da última terça-feira (6) uma contrapartida da Cofersul Mineração para a manutenção da estrada de acesso ao Córrego do Soldado, zona rural de Itaúna. A razão apontada por Silvano Gomes Pinheiro, o Silvano do Córrego do Soldado (PHS), e corroborada por colegas como o presidente da Mesa Diretora, Alexandre Campos (MDB), é o constante trânsito de carretas de minério que atendem a empresa, instalada em área do município de Itatiaiuçu. Hudson Bernardes (PSC) ressaltou a necessidade de um entendimento entre as partes.
A última intervenção da Prefeitura na via ocorreu na metade de julho, quando foram realizados o renivelamento, compactação e limpeza das margens da estrada, com o auxílio de uma motoniveladora.
“Não estou querendo impedir o trânsito das carretas e nem prejudicar a empresa. Mas podemos achar um meio legal para que ela possa contribuir na conservação. Para que os moradores do Córrego do Soldado não fiquem prejudicados. A prefeitura arruma a estrada na segunda-feira e no sábado já está acabada de novo”, reclamou Silvano em plenário.
Sócio-proprietário da Cofersul, o empresário Telmo Fagundes discorda e afirma que a empresa tem trabalhado junto com a Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços para realizar melhorias na estrada. Em contato com o @viuitauna por telefone, Fagundes citou como exemplo canatelas e uma passarela para bois construídos próximo à uma fazenda, após o entroncamento de acesso ao distrito. Segundo o empresário, o trecho em estrada de terra é grande, e o problema de conservação se agrava no período de estiagem, meses em que a empresa mais trabalha.
“Há cerca de uma semana o secretário Rosse Andrade e um servidor da pasta me procuraram. É a primeira vez que a Prefeitura me procura. Sozinho, não dou conta (de fazer a manutenção da estrada). É um trecho grande”, justifica.
PRODUÇÃO E DISTRIBUIÇÃO Fagundes alega que o maior problema é a poeira, apontando o movimento de caminhões de lenha, que transportam eucapliptos cortados na região, e de leite. As carretas, afirma o empresário, são de compradores de minério de ferro extraídos na Confersul, instalada na localidade de Lavrinha, em Itatiaiuçu. O material é transportado para siderúrgicas de Pará de Minas, Pitangui, Sete Lagoas e região. O movimento varia de acordo com a produção de minério a seco, em um turno, principalmente de março a setembro – período de maior estiagem no ano.
“São os compradores que buscam na mina com as carretas. Não existe outro acesso. Nossa licença é para a produção de minério a seco e durante o período de chuvas não conseguimos trabalhar. O interesse da estrada ficar boa é muito mais da minha parte do que eles. Se não tiver estrada boa, os compradores não enviam caminhão. A gente tem de ajudar a manter”, sugere.
MANUTENÇÃO A Prefeitura de Itaúna confirma que houve na via um trabalho com caminhão pipa e uso de pó de minério. “O contato tem sido constante de forma a alinhar o que pode ser feito”, diz, em nota.
SAIBA MAIS
Tecnologias para conservação de estradas rurais
Também na reunião da Câmara, o vereador Márcio Gonçalves Pinto, o Macinho Hakuna (PSL), disse que esteve com o secretário Rosse Andrade em Jundiaí, interior de São Paulo, para conhecer novos métodos para a conservação de estradas rurais. Segundo o parlamentar, utilizando a nanotecnologia e a análise do solo, é possível criar novos mecanismos para a manutenção.