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O procedimento investigatório relativo à Operação Carona Sinistra, deflagrada em Itaúna em dezembro de 2019, continua em andamento na Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público de Itaúna, afirma o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). Como parte dos desdobramentos da ação, foi arquivada uma investigação no âmbito da Procuradoria de Justiça, que investiga crimes praticados por prefeitos. Segundo o MPMG, não foram encontrados indícios suficientes da participação do prefeito Neider Moreira (PSD) no caso.
As informações foram confirmadas pelo órgão depois de o @viuituana solicitar uma entrevista com o promotor Leandro Wili, sobre o andamento das investigações.
“O procedimento investigatório relativo à operação continua em andamento na Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público de Itaúna”, afirma o MPMG em nota.
Procurada pela reportagem, a Prefeitura respondeu que o prefeito não tem conhecimento do andamento da operação na promotoria referida, mas ressalta que confia na Justiça e tem tido êxito em todas as causas colocadas até agora.
“Além da operação, ele ressalta que também foi arquivado o caso do fura fila de vacina”, afirma a assessoria de comunicação da Prefeitura.
Em setembro de 2021, Neider foi denunciado pelo MPMG por tomar duas doses de vacinas contra a COVID-19 como profissional de saúde.
ENTENDA O CASO Fruto de um procedimento investigatório que apurou práticas criminosas no âmbito do Poder Legislativo de Itaúna, a operação deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) Regional de Divinópolis, com o apoio da Polícia Militar e da Polícia Civil, chegou a afastar temporariamente dos cargos o então presidente da Câmara Municipal de Itaúna, vereador Alexandre Campos (atualmente no DEM, na época da operação no MDB), e o gerente Administrativo e Financeiro, Jean Carlos Silva. Então suplente de Campos, Joselito Morais (hoje no PDT, na época no MDB) assumiu temporariamente o mandato, antes de ter sido eleito nas eleições de 2020.
A ação cumpriu 13 mandados de busca e apreensão contra seis alvos em Itaúna, após interceptação telefônica e quebra de sigilo bancário.
De acordo com o MPMG, a operação investiga fraude na contratação de agência de publicidade por meio de adesão à ata – procedimento conhecido como carona –, contratação de telão de LED e superfaturamento na veiculação de publicidade da Câmara Municipal.