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O Pronto Atendimento 24h do Hospital Manoel Gonçalves poderá ter os serviços paralisados nos próximos dias. Com salários atrasados desde outubro, médicos da unidade de saúde ameaçam greve novamente em busca da quitação das obrigações. Uma dívida de pelo menos R$ 1,5 milhão nos repasses da Prefeitura de Itaúna à Casa de Caridade Manoel Gonçalves de Sousa Moreira, entidade mantenedora, compromete o funcionamento do serviço de urgência e emergência em Itaúna. O @viuitauna tentou localizar um porta-voz do Hospital na sexta-feira (20) para falar a respeito, mas o contato só foi respondido nesta segunda-feira (23), por e-mail. Em nota, a provedoria classificou a paralisação como “notícia infundada” e alega que até o momento não houve comunicação da classe médica.
A situação do Pronto Atendimento voltou a ser alertada pela vereadora Márcia Cristina, a Márcia do Dr. Ovídio (PP), durante a última reunião da Câmara Municipal, na terça-feira (17). “Tem até uma conversa dos médicos paralisarem os serviços no Hospital e no Pronto Socorro. Precisamos conferir o que está acontecendo”, cobrou a parlamentar.
Além dos clínicos, o laboratório de análises do Manoel Gonçalves também amarga atraso nos repasses. A empresa recebeu o faturamento referente ao mês de julho somente no fim de novembro. O problema é agravado com os plantões de fim de ano, que tem custo mais elevado, o que compromete o cumprimento de obrigações financeiras.
Informações preliminares apuradas pela reportagem apontam que a dívida do Hospital com bancos credores pode chegar a R$ 11 milhões.
Segundo uma fonte ouvida pelo @viuitauna, os profissionais da área de saúde tem cobrado mais transparência da provedoria, que só tem reclamado, publicamente, dos repasses em atraso da Prefeitura.
OUTRO LADO O Secretário Municipal de Saúde, Fernando Meira, afirma que não recebeu nenhuma informação oficial sobre a possível greve. “Todo movimento de paralisação tem que ser comunicado com antecedência aos órgãos de classe e autoridades, assim como a manutenção de escala mínima de atendimento”, aponta Meira.
Em nota, o Hospital Manoel Gonçalves declarou nesta segunda-feira (23) que o repasse dos serviços prestados pelo Pronto Atendimento 24h em outubro, que deveria ter sido pago pela Prefeitura em 30 de novembro, não ocorreu, o que comprometeu o pagamento dos salários dos médicos “em cerca de 15 dias”.
Sobre o laboratório, a justificatica apresentada é de que os valores dos serviços prestados em um mês são repassados aos convênios no final do mês subsequente. “Os valores apurados são repassados ao laboratório somente após o pagamento realizado pelos convênios”, completa.
Matéria atualizada em 24/12/2019 com novas informações
