De Kombi pela América do Sul: conheça a jornada que itaunense iniciará em agosto

Desbravar diferentes países e culturas, vivenciando na prática os costumes do continente sul americano, ao lado de um velho amigo. Com um sonho em mente e disposição de sobra para pegar a estrada, o professor de geografia Henrique Teixeira partirá de Itaúna, no início de agosto, para uma jornada de pelo menos cinco meses pela América do Sul, a bordo de uma Volkswagen Kombi Standart ano 1997.

Henrique conta que a viagem é uma ideia antiga, amadurecida desde que se formou em geografia, em Ouro Preto, há cinco anos. Em 2023 o projeto, chamado de Ventos Latinos, ganhou corpo com o incentivo de dois casais de argentinos e chilenos, que conheceu acampados em Itaúna. Desde que trocou um Santana pela Kombi em 2020, Henrique, que dá aulas em uma escola do estado no bairro Várzea da Olaria e se licenciou para a empreitada, vem preparando o carro.

“Fiz mecânica completa, fui ajeitando todos os detalhes. A ideia de um dia viajar de carro pela América do sul já era bem antiga. Não sabia em que carro, nem como, muito menos quando eu conseguiria realizar, mas tava lá guardado o sonho… Já que, como diz Milton, sonhos não envelhecem, né?”, brinca.

O roteiro prevê a partida de Itaúna no dia 6 de agosto, com destino ao Ushuaia, no extremo sul da Argentina, na região da Patagônia. No Caminho, a Kombi vai passar por Passa Quatro, no Sul de Minas, onde Henrique tem parentes, a descida da Serra do Rio do Rastro, em Santa Catarina, e a Cordilheira dos Andes, na fronteira entre a Argentina e o Chile, alcançando o deserto de sal de Uyuni, na Bolívia. No caminho, Henrique vai passar por La Paloma, no litoral do Uruguai, onde ganhará a companhia do amigo Kayck. Natural de Águas Formosas, no Vale do Jequitinhonha, Kayck é músico, ator e professor de línguas e residiu em Itaúna até 2016.

“Quando decidi que faria a viagem lembrei de escalar meu grande amigo para esta jornada e ele topou de imediato. Desde então a gente vem arquitetando tudo, o roteiro, como faremos, o que iremos produzir”, conta Henrique.

Durante a viagem, a ideia de Henrique é sempre acampar, sem a necessidade de hotel. Para isso a Kombi se transformou em um verdadeiro motorhome, com cama, pia, fogão e compartimentos para guardar utensílios e mantimentos. No projeto, o professor conta com o apoio de empresas que cederam seguro viagem e equipamentos como as placas de energia solar no teto da Kombi, que servirão como fonte de energia para os equipamentos. A previsão é de que o retorno ao Brasil seja concluído em janeiro de 2025.

MANUTENÇÃO Além de professor, Henrique é apaixonado por mecânica de automóveis, por influência do pai, que tem uma Vemaguet e um Fusca. Na viagem ele pretende levar um kit de peças básico, para a manutenção do motor arrefecido a ar da Kombi, caso ocorram contratempos.

“Em 2012, tirei minha habilitação e comprei meu primeiro carro, uma Kombi corujinha 1973, que vendi no ano passado para investir na viagem também”, revela. “Depois da primeira Kombi eu apaixonei ainda mais com o carro. Tive outros carros ao longo deste período, mas ela sempre continuou comigo. Kombi é meu ponto fraco”, afirma.

E MAIS…
Viagem terá cobertura pelo Instagram

Durante a viagem Henrique pretende mostrar em stories e posts a geografia física dos relevos, biomas e climas dos lugares que visitará. Com o auxílio de um drone, o professor itaunense também quer mostrar carros antigos pelo caminho, contando as histórias por trás de cada modelo. “Além de focar bastante na Kombinha, seu comportamento, e, se houver, mostrar os perrengues e soluções”, comenta.

Para acompanhar, siga o perfil @ventoslatinos no Instagram.