Nove pessoas foram presas temporariamente durante a Operação Geminis, desencadeada pela Polícia Civil na Grande BH, interior de Minas e da Bahia. O grupo é formado por indivíduos que se especializaram em diversos crimes envolvendo automóveis e caminhonetes, incluindo esquemas para receptação e adulteração de sinais identificadores dos veículos. No curso das investigações, a PCMG descobriu que veículos furtados ou roubados em Belo Horizonte pelo grupo chegavam até regiões fronteiriças do Brasil, sobretudo com países como Argentina, Bolívia, Chile e Paraguai. Uma caminhonete foi recuperada em posse de diversos suspeitos que levavam o veículo para Ribeirão Preto, interior de São Paulo. “Trata-se de uma conhecida rota utilizada para ter acesso à região de fronteira”, afirma o delegado Davi Batista Gomes, responsável pelas apurações.
“Por esses e outros diversos elementos colhidos pela Polícia Civil, ficou claro que a intenção desses investigados responsáveis pelo traslado e revenda, sobretudo de caminhonetes de alto valor comercial, em outros países sul-americanos, tinha caráter transnacional, evidenciando a gravidade dos crimes”, acrescenta.
Durante a operação, conduzida pela 1ª Delegacia de Repressão às Ações Criminosas (Draco), unidade vinculada ao Departamento Estadual de Operações Especiais (DEOESP), 38 veículos foram recuperados. O grupo é formado por indivíduos das regiões Norte e da Pampulha, em Belo Horizonte e, segundo o delegado Davi Batista Gomes, era formado por diferentes núcleos.
“Identificamos um núcleo responsável pela liderança e gestão, furtos e roubos, integrado por seis investigados; outro segmento era responsável pelo recebimento, supressão e remarcação dos sinais; e um terceiro núcleo, que adquiria esses veículos, transportava-os para outros municípios e estados. Às vezes o transporte era feito até para outros países, tarefa de um quarto núcleo”, detalhou o delegado, acrescentando que já foram identificados 24 integrantes da quadrilha.
No curso das investigações, a Polícia Civil descobriu que veículos furtados ou roubados em Belo Horizonte pelo grupo chegavam até regiões fronteiriças do Brasil, sobretudo com países como Argentina, Bolívia, Chile e Paraguai. “Vale destacar que um dos suspeitos presos já possui histórico criminal e declarou aos policiais, no momento de sua abordagem, que levaria uma caminhonete, já apreendida, para o Chile”, ressalta Batista.
DESTINO À BOLÍVIA Outro investigado, natural de Ariquemes, no estado de Rondônia, saiu da cidade natal para transportar uma caminhonete, mas foi abordado em rodovia federal, com a intenção de se dirigir à Bolívia. Uma terceira caminhonete foi recuperada pela PCMG em posse de diversos suspeitos que levavam o veículo para Ribeirão Preto.
Os presos, ao final dos trabalhos de polícia judiciária, os suspeitos foram encaminhados ao sistema prisional. As investigações prosseguem para esclarecimento de todos os fatos.