Marco Aurélio Nazaré aponta perspectivas do setor de locação para 2025: 650 mil veículos

A taxa de juros elevada, com a Selic a 14,25% ao ano, e a forte depreciação de seminovos nos últimos dois anos, somado ao aumento de custo de capital, são desafios para o setor de locação de veículos no Brasil. Para 2025, a previsão da Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis (ABLA), é de que o volume de compras se mantenha no patamar do ano passado, com 650 mil unidades ou até um pouco menos, de acordo com as condições do mercado. Nesta terça-feira (25) em São Paulo, o presidente da ABLA, o itaunense Marco Aurélio Nazaré, da empresa MM Aluguel de Carros, apontou que o negócio de aluguel de carros segue com potencial no Brasil, “podendo duplicar ou triplicar”. Por outro lado, a necessidade de seguir investindo força o setor a ajustar as tarifas para manter a sustentabilidade do negócio.

Na ocasião, a ABLA lançou o Anuário Brasileiro do Setor de Locação de Veículos – edição 2025, com as principais estatísticas da atividade no Brasil. De acordo com o estudo, com as compras de 2024, o setor fechou o ano com uma frota total de 1.617.286 automóveis e comerciais leves, crescimento de 3% em relação à 2023.

“Neste cenário de crédito caro e escasso e de preços de carros ainda elevados, a locação torna-se mais vantajosa do que a compra de veículos, que implica, principalmente, custos de aquisição, manutenção e depreciação”, pondera Nazaré.

SETOR EM 2024

  • 649.399 carros zero km adquiridos
  • 26,1% de todos os automóveis e comerciais leves emplacados no Brasil em 2024
  • Investimento de R$ 68,8 bilhões
  • R$ 19,9 bilhões em IPI e ICMS pagos pelas locadoras

Faturamento bruto recorde
R$ 52,9 bilhões
Crescimento de 17,8% em relação a 2023

Faturamento líquido de R$ 46,2 bilhões no ano
R$ 6,7 bilhões em impostos diretos

CONTRATOS LONGOS SÃO MAIORIA Atualmente o setor representa de 25% a 30% da produção nacional das montadoras de veículos. Em 2024 foram investidos R$ 68,7 bilhões na compra de automóveis e comerciais leves, alta de 17,8% sobre 2023. A maioria dos veículos alugados, 54%, foi de contratos de longo prazo, para empresas ou clientes de carro por assinatura. O volume restante, 46%, respondeu por turismo de lazer, negócios e motoristas de aplicativo.

“Veículos mais baratos se enquadram ao perfil atual do usuário brasileiro, que não tem tanta renda disponível para locação de veículos”, ressaltou o vice-presidente da ABLA, Paulo Miguel Júnior. Por isso, segundo ele, o tíquete médio de aquisição de veículos de locação caiu de R$ 112,6 mil em 2023 para R$ 105,9 mil em 2024.

Paulo Miguel Júnior: “Veículos mais baratos se enquadram ao perfil atual do usuário brasileiro”

MAIS VENDIDOS

  • Volkswagen Polo Track foi o modelo mais emplacado: 64.972 unidades
  • VW e Fiat, juntas, somaram mais de 50% das aquisições
    GM ocupou a terceira posição, com 14,8% de participação

CRESCIMENTO DO SETOR

  • Aumento de 19,2% no número de locadoras
  • 31.487 empresas de aluguel de veículos ativas no país
  • Já incluídas 7.750 locadoras de outros meios de transporte, tais como motos, ônibus e caminhões
  • Crescimento de 75% no número de empregos no setor
  • Setor superou pela primeira vez 100 mil trabalhadores (105.637) em 2024

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