Em meio ao cenário de seca extrema e altas temperaturas que marcaram 2024, o Corpo de Bombeiros realiza a Operação Alerta Verde em Itaúna e demais cidades mineiras com o intuito de identificar lotes considerados potenciais locais de risco de incêndio. Somente na primeira quinzena do mês de abril já foram realizadas 108 vistorias de fiscalização pelo 2º Pelotão de Bombeiros Militar. Itaúna possui cerca de 12 mil lotes vagos. Os incêndios em lotes vagos e áreas urbanas não protegidas correspondem, em média, a 60% do total das ocorrências dessa natureza.
Para o governador Romeu Zema (Novo), o tema é tratado como prioridade absoluta. “O ano de 2024 foi especialmente desafiador no enfrentamento aos incêndios florestais, tivemos uma das estiagens mais severas dos últimos anos”, afirma.
Desde 2021 a iniciativa já vistoriou 124.272 lotes vagos em todo o estado. Em Itaúna, segundo o setor de Fiscalização e Posturas da Secretaria Municipal de Regulação Urbana, serão vistoriados 130 lotes — especialmente aqueles em regiões onde, historicamente, há maior ocorrência de focos de incêndio e com residências no entorno.

A partir de cada vistoria realizada, são produzidos pelos bombeiros registros de ocorrência com as informações categorizadas da situação. Os relatórios são encaminhados à Prefeitura, para que o Executivo avalie a aplicação de sanções e multas aos proprietários dos terrenos.
A secretaria ressalta que realiza semanalmente uma ampla fiscalização em todos os lotes sujos da cidade, exigindo adequações como cercamento, construção de passeio e limpeza adequada. Os imóveis em situação irregular estão sujeitos a notificações e, em caso de não cumprimento, aplicação de multas.
“Os 130 lotes vistoriados foram escolhidos com base nesses critérios, e, na ocasião, a Secretaria de Regulação Urbana, por meio da Fiscalização de Posturas, esteve presente acompanhando a guarnição do Corpo de Bombeiros durante as vistorias”, afirma a Prefeitura.
PREPARAÇÃO Somente nos três primeiros meses do ano, em Minas Gerais o Corpo de Bombeiros realizou reuniões quinzenais de integração para o manejo do fogo no Monumento Natural Estadual da Serra da Moeda; o recolhimento do Pelotão de Combate a Incêndios Florestais no Santuário do Caraça; e entre março e abril, os nivelamentos dos Núcleos do Incêndios Florestais (NIFs), que são equipes especializadas na gestão e no combate aos incêndios. Além da preparação, a corporação investe na capacitação dos militares, como o Curso de Pós-Graduação em Gestão de Incêndios Florestais, oferecido pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso (IFMT).


O curso capacita bombeiros na gestão das operações de combate, com as mais modernas técnicas de reconhecimento, planejamento e logística, por meio de leituras visuais e térmicas em ferramentas como os Landsat, MODIS e Sentinel, que oferecem imagens de satélites, essenciais para o monitoramento de áreas florestais e a identificação de focos de incêndio.
E MAIS…
Unidades de Conservação
No tocante às Unidades de Conservação (UC), o CBMMG, de forma conjunta com os demais órgãos que integram a Força-Tarefa Previncêndio, darão continuidade a ações que permitiram uma redução de 20,3% da área queimada nas UCs do estado. Entre elas, a criação de bases operacionais avançadas, compostas por bombeiros e brigadistas, contando neste ano com uma nova base na Floresta Estadual Uaimií, na região de Ouro Preto, que abriga uma reserva de mata atlântica, espécies de fauna e flora em extinção e recursos hídricos importantes.
Reforços operacionais
Também estão previstos reforços operacionais de bombeiros militares, brigadistas e voluntários entre os meses de julho a outubro, período de maior volume de atendimentos, além da manutenção da Sala de Coordenação Operacional.