Índice de infestação da Dengue em Itaúna apontou grau de risco em 2020; cidade realiza novo levantamento

@viuitauna

Mosquito transmissor da Dengue, Zika e Chikungunya, o Aedes aegypti foi identificado em 97,8% dos municípios de Minas Gerais e continua sendo alvo de preocupação. Em Itaúna, que chegou a liderar o ranking do Centro-Oeste no último surto de Dengue, com sete mortes em 2016, o mais recente Levantamento do Índice Rápido para o Aedes aegypti (LIRAa) aponta aumento no indicador da presença de larvas em casas e edifícios.

Divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde (SES-MG) em janeiro de 2020, o Índice de Infestação Predial (IIP) chegou a 5,7, em classificação de grau de risco, comparado a 2,3 em janeiro de 2019 e 2,2 em outubro de 2018 – veja dados a seguir. A predominância de focos do último LIRAa foi detectada em domicílios e no lixo acumulado, indicando presença dispersa das larvas do mosquito. A justificativa da Prefeitura para o aumento do IIP foram as chuvas em dezembro, exatamente no período em que foi feito o levantamento.

“O período de calor e chuvas como registrado nos últimos dias é propício para reprodução e desenvolvimento deste inseto”, reforça a assessoria de comunicação da Prefeitura, em nota enviada à imprensa.

O Município segue realizando nesta semana o monitoramento de 2021, que definirá as ações ao longo do ano nos bairros de maior incidência de infestação, o inclui mutirões de limpeza. De acordo com o secretário Municipal de Saúde, Fernando Meira, de 1° de janeiro até agora Itaúna registrou quatro notificações de Dengue, sendo uma delas caso confirmado da doença.

A preocupação com as campanhas educativas e reforço das estratégias para a eliminação dos focos visa evitar um novo surto da doença, como no primeiro quadrimestre de 2016, quando Itaúna foi alertada para uma situação de epidemia. Na época, conforme o Sistema de Notificação de Agravos, ferramenta do Ministério da Saúde, entre janeiro e dezembro foram notificados 3641 casos, 1586 deles confirmados, com sete mortes por Dengue na cidade.

SÉRIE HISTÓRICA O pico da Dengue em Itaúna ocorreu em 2013, quando houve 3919 notificações e 3863 casos confirmados, de acordo com a série histórica, monitorada pela Secretaria Municipal de Saúde desde 2008. Em 2015, um ano antes do último surto, foram 1866 notificações e 1547 casos confirmados. Ao longo de 2017 a Prefeitura intensificou as ações para a eliminação das larvas do inseto, transmissor também da Febre Amarela urbana. No início de 2018 Itaúna chegou a ser classificada com índice de 4,37, voltando para a zona vermelha, de incidência alta, em maio de 2019, ao registrar 508 casos.

Em 2020, Índice de Infestação Predial (IIP) na cidade chegou a 5,7: classificação de grau de risco

CASOS EM MINAS Até 5 de janeiro, Minas Gerais apresentou 84529 casos prováveis (casos notificados exceto os descartados) de Dengue, aponta o mais recente Boletim Epidemiológico de Monitoramento da Secretaria de Estado de Saúde. Desse total, 58126 casos foram confirmados, com 13 óbitos e outros 57 em investigação. De Febre Chikungunya foram registrados 3123 casos prováveis, com 1689 confirmados e três mortes em investigação. Já em relação à Zika houve 479 casos notificados e 144 confirmados.

SAIBA MAIS
Classificações de Itaúna nos últimos LIRAa

  • Outubro 2018 IIP 2,2 foco: lixo
  • Janeiro 2019 IIP 2,3 foco: domiciliar
  • Janeiro 2020 IIP 5,7 foco: domiciliar/lixo

Registros das doenças, ano a ano

2017
-Dengue
23 notificações
2 casos confirmados

-Zika Vírus
Não informado

-Chikungunya
Não informado

2018
-Dengue
25 notificações
3 casos confirmados

-Zika Vírus
Sem casos confirmados

-Chikungunya
10 notificações
Sem casos confirmados

2019
-Dengue
1027 notificações
703 casos confirmados

-Zika Vírus
16 notificações
Sem casos confirmados

-Chikungunya
24 notificações
4 casos confirmados

2020
-Dengue
278 notificações
171 casos confirmados

-Zika Vírus
5 notificações
Sem casos confirmados

-Chikungunya
12 notificações
1 caso confirmado

Fonte: Prefeitura de Itaúna

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