“Já não sabemos mais o que fazer”, alerta comerciante sobre jovens na Prainha; PM dispersa baile funk

@viuitauna

Nas primeiras horas em que Itaúna voltou a fechar o comércio, em virtude do aumento de casos de COVID-19, imagens nas redes sociais mostram jovens aglomerados e fazendo uma longa fila, muitos sem o uso de máscara, em frente a uma distribuidora de bebidas da Av. Jove Soares. Mesmo o estabelecimento seguindo os protocolos da Prefeitura, o local tem sido usado como ponto de encontro para festas clandestinas, como um baile funk dispersado pela Polícia Militar em um sítio, na noite desta sexta-feira (22), no condomínio Alphaville.

Além da PM, fiscais do Município estiveram no estabelecimento da Prainha para tentar controlar a situação. Como forma de conscientizar o público, a distribuidora instalará neste sábado (23) uma faixa em frente à loja, atentando a necessidade do distanciamento social neste momento, em que Itaúna já supera os 4,5 mil casos durante a pandemia – com 457 casos ativos e 25 internações no Hospital Manoel Gonçalves.

A disperção da festa, reconhece a 51ª Cia de PM, pode ter culminado na aglomeração, que tem sido criticada pela população. “Isso porque no baile funk haviam muitas pessoas abordadas”, alega a Polícia Militar.

“Já não sabemos mais o que fazer. Dentro da loja é controlado. Mas ontem, de fora, perdemos o controle. Para dispersar tivemos de fechar a loja. Assim que soube pedi aos funcionários para fechar as portas. Os fiscais chegaram junto, mas ficou incontrolável”, relata a proprietária da Max Bebidas, que explicou ao @viuitauna o que tem acontecido no local. Segundo ela, uma reunião na segunda-feira (25), com a Prefeitura e o CDL Itaúna, discutirá o que pode ser feito para solucionar o problema.

“Vamos instalar a faixa para ver se pelo menos causa uma comoção para as pessoas”, diz. A empresa conta atualmente com 24 funcionários, divididos entre a loja de conveniência e vendas por atacado, segmento prejudicado pela proibição dos bares. A mulher teme ser forçada a realizar demissões. “Chega uma hora que eles (os jovens) não estão mais nem aí, chegando a xingar os seguranças. O que precisar para ajudar os comerciantes, vamos fazer”, promete.

OPERAÇÃO VIVAT Durante o baile funk, onde haviam cerca de 100 pessoas, a PM prendeu seis homens com drogas e armas e apreendeu dois adolescentes de 16 e 17 anos. A operação chamada Vivat contou com o apoio de guarnições Tático Móvel de Divinópolis e ocorreu após denúncia anônima. No local, de acordo com a 7ª RPM, foram apreendidos uma pistola, um revólver, 25 comprimidos de ecstasy, 21 pinos, cinco buchas de cocaína, 25 micro pontos de LSD, oito tabletes de maconha, dinheiro e munições. Os autores R.S.A., 22 anos, J.P.S.M., 21 anos, N.H.R.S., 25 anos, B.H.O., 24 anos, G.H.O.S., 20 anos, e S.D.B.L., 18 anos, todos com passagens por uso ou tráfico de drogas, foram presos e conduzidos à delegacia.

ASSISTA AO VÍDEO DA FILA, QUE CIRCULA NAS REDES SOCIAIS:

FESTA NESTE SÁBADO Ainda de acordo com o apurado pela reportagem, uma nova festa está programada para ocorrer neste sábado. Contudo, a exemplo das anteriores, o local não tem sido divulgado para evitar a presença da PM e de fiscais, utilizando a distribuidora como ponto de encontro.

Procurada pelo @viuitauna, a Prefeitura se manifestou apenas durante a tarde. Em nota, a assessoria de comunicação informa que a Vigilância Sanitária autuou o responsável e a proprietária do sítio onde ocorreu a festa clandestina. O Município classificou o episódio como “um desrespeito e falta de empatia com o próximo, considerando o momento de pandemia”.

SAIBA MAIS
62 mortes em Itaúna

Também neste sábado a Prefeitura anunciou mais duas mortes de idosos que testaram positivo para a COVID-19, chegando a 62 registros em Itaúna: uma mulher de 73 anos e um homem de 71, ambos com histórico de doenças crônicas prévias. Eles faleceram nesta sexta no Hospital Manoel Gonçalves. “Ressaltamos a importância do uso da máscara, a necessidade do distanciamento social, além das medidas de higiene pessoal. Nos solidarizamos com a família e amigos enlutados”, diz a nota.

One thought on ““Já não sabemos mais o que fazer”, alerta comerciante sobre jovens na Prainha; PM dispersa baile funk

  1. Deveriam proibir a venda de bebida alcoólica inclusive nos supermercados. Basta dar uma volta na cidade e ver aos depósitos de bebidas lotados, mem mesmo os avisos, faixas, restem. Falta consciência. Provavelmente estes frequentadores não perderam ninguém para este vírus.

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