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A sexta-feira (19) amanheceu com tom de crítica ao reajuste dos salários de políticos em Itaúna, aprovado pela Câmara Municipal no último dia 9. Outdoor instalados nas principais avenidas da cidade chamam a atenção da população para os nomes dos vereadores que votaram a favor do aumento, em plena onda roxa, de até 12,03%. A mensagem, assinada pelo “Grupos Políticos Reunidos de Itaúna”, tem ao fundo as cores verde e amarela e a bandeira do Brasil.
Uma delas aponta o nome do presidente do Legislativo, vereador Alexandre Campos (DEM), como responsável por requerer a alteração da Lei Orgânica que permitiu a chamada recomposição salarial – que havia sido barrada em janeiro, após pressão popular e vaias.
Até a mudança, a lei vetava o reajuste do prefeito, vice-prefeita, secretários e dos próprios parlamentares, no primeiro ano de mandato. Os outdoors comparam ainda o reajuste do salário do prefeito Neider Moreira (PSD), que saltou de R$ 25.123,71 para R$ 28.146,09, diferença de R$ 3.022,38, com o do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
Kaio Guimarães (PSC) e Márcia Cristina (Patriota) foram os únicos a votar contra a aprovação do aumento do primeiro escalão da Prefeitura, colocado em pauta minutos antes da reunião ordinária de 9 fevereiro. O mesmo texto, vinculado, concedeu reajuste de 5,45% para os servidores municipais.
Enquanto fotografava o outdoor da Av. Jove Soares, a reportagem foi abordada por um cidadão que criticou o aumento concedido pela maioria dos vereadores. “Como tem coragem de aprovar uma coisa dessas em plena pandemia?” questionou o homem.
OUTRO LADO Perguntada pelo @viuitauna sobre os outdoors, a Câmara se manifestou até a publicação da matéria, às 12h50. “A Mesa Diretora está avaliando a situação e se houve algum excesso, tomará as medidas cabíveis. Em breve se pronunciará a respeito”, afirma a assessoria de comunicação, por meio do responsável, o ex-vereador Hudson Bernardes.
SAIBA MAIS
Vereadores vaiados na porta da Câmara
No fim de janeiro, populares vaiaram na porta da Câmara os vereadores Alexandre Campos e Edênia Alcântara (PDT), que foram favoráveis à emenda que permitiria a alteração na Lei Orgânica. Na semana passada, outras emendas de Márcia Cristina e Kaio chegaram a ser protocoladas na Casa, com o intuito de desvincular o aumento dos servidores dos políticos, mas não obtiveram as assinaturas mínimas necessárias ou foram barradas pela base governista.
