Bruno Freitas
@viuitauna
Fornecendo o que chama de serviço essencial, o iFood, um dos aplicativos de delivery utilizados em Itaúna, viu os pedidos para pequenos e médios restaurantes saltarem 90% durante a pandemia. A plataforma online, que tem mais de 270 mil estabelecimentos cadastrados – entre eles as hamburguerias, nova coqueluche na cidade – aponta que as mudanças no comportamento dos consumidores tendem a se manter no longo prazo. 4 a cada 10 entregadores tem os apps como principal fonte de renda, aponta estudo.
“Os clientes não pedem apenas comida, mas fazem suas compras de mercado, farmácia e produtos para os pets pelo aplicativo”, sinaliza o iFood, que não informa dados regionais e segmentados.
O @viuitauna publica a série de matérias “Mudança de Hábitos”, mostrando os impactos da aceleração de novas tendências no comércio e no estilo de vida de Itaúna, após a COVID-19.
Em meio à necessidade do isolamento social, somente em 2020 o iFood processou mais de 60 milhões de pedidos. Desse total, 16 milhões (30%) foram realizados por restaurantes cadastrados há um ano, que enxergaram no aplicativo uma saída para o negócio.
Para a plataforma, o que aconteceu no último ano transformou o negócio digital e potencializou o seu papel social. Uma das mudanças de hábitos observadas foi o aumento nos pedidos de café da manhã em dias úteis, em 533%, de março de 2020 a março de 2021. Outro crescimento registrado foi o de lanches na madrugada: +44% nos últimos 12 meses.
“O que aconteceu com nosso ecossistema no último ano transformou nosso negócio e potencializou muito nosso papel social. É nossa função ajudar a sociedade da melhor forma que podemos — seja na digitalização de restaurantes, para que continuem as vendas, dando uma alternativa aos consumidores para que evitem sair de casa, ou protegendo os entregadores cadastrados na plataforma”, sustenta.
Atualmente o iFood conta com 160 mil entregadores ativos, considerados a terceira ponta do ecossistema – são os “parceiros essenciais para fechar o ciclo”. Dentro desse perfil, o app classifica dois tipos de entregadores: nuvem e Operador Logístico. Os entregadores nuvem são aqueles que fazem parte da base do iFood e utilizam o aplicativo específico para entregadores, passando, em média, 5 horas por dia online. Já os entregadores OL são parceiros dos restaurantes e não utilizam o app para entregadores.
FLEXIBILIDADE PARA TRABALHAR Segundo levantamento do Instituto Locomotiva, 4 em cada 10 entregadores têm aplicativos como principal fonte de renda e 91% deles concordam que as entregas pelo meio digital dão mais liberdade para compor a renda mensal. 94% dos entrevistados também consideram que com os apps têm mais flexibilidade para compor o horário de atividade e trabalhar.
OUTRO LADO O @viuitauna questionou o CDL Itaúna se existem monitoramentos sobre o uso de aplicativos por restaurantes e hamburguerias em Itaúna e a migração de profissionais para motofretistas. A entidade afirma que não tem um levantamento a respeito, mas admite que é notório o uso da tecnologia por causa da pandemia. “Ano passado fizemos entrevistas com algumas pessoas que inovaram nesse sentido”, afirma o CDL Itaúna.
PARTICIPE DA SÉRIE
Você trabalha na área e gostaria de dar o seu depoimento? Entre em contato conosco!
E-mail: viuitauna@gmail.com
Tel.: (37) 99915-7506
SAIBA MAIS
CDL e ACE Itaúna lançam selo para valorizar o comércio local
Como forma de valorizar pequenos, médios e grandes empresários, o CDL e a ACE Itaúna lançaram o selo #JuntaItaúna, que sorteará vale-compras de R$ 50 a R$ 2 mil de maio à agosto. O objetivo da campanha é manter na cidade o dinheiro arrecadado no comércio, auxiliando as empresas a girar o capital e consequentemente, gerar empregos e arrecadar impostos. Além dos vale-compras, as empresas podem participar sorteando os próprios produtos, “afim de fortalecer a união entre comércio e indústria, na promoção e valorização do empreendedorismo local”, afirma o CDL Itaúna em nota.