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Candidato à vereador pelo PC do B nas últimas eleições, Ronilson Silva, o Ronilson Padre, foi à Câmara na plenária desta terça-feira (16) questionar a doação de um terreno, no Nova Vila Mozart, à uma empresa. Vestido de batina, o popular, que se apresentou ao @viuitauna como membro da Igreja Católica Apostólica Romana em Belo Horizonte, utilizou a Tribuna para fazer duras críticas aos trabalhos dos edis. Ronilson Padre disse ainda ter tentado marcar uma reunião com o prefeito Neider Moreira (PSD). Porém, não teria sido recebido.
Presidente da casa, Alexandre Campos (MDB) contesta o popular e afirma que a Associação Comunitária e Desportiva do Bairro Nova Vila Mozart não deu destinação ao imóvel, conforme prazo do Projeto de Lei. Dessa forma, o terreno foi repassado à empresa NV Comércio de Máquinas e Reparos. Ao @viuitauna, a Diocese de Divinópolis nega que Ronilson Padre faça parte da Igreja Católica Apostólica Romana.
“Em primeiro lugar, não vim fazer política. Política a gente faz na rua. Em 2006 foi doado para a nossa comunidade do bairro Nova Vila Mozart um terreno de mil metros. O prefeito Neider, em 2018, pela aprovação dos senhores vereadores, que infelizmente falta de respeito com os seus eleitores, aprovaram uma lei dessas, tirando um terreno que ia ser construído o posto de saúde. Agora, dinheiro para asfaltamento tem. Que falta de vergonha”, apontou Ronilson Padre.
Segundo o popular, um escritório de advocacia entrou com ação na Promotoria e na Polícia Federal questionando a doação. “Tanto o Executivo vai responder por isso e o Legislativo também vai responder por isso. O lote é de 1 mil metros. Nesses documentos, tá 800 metros. Para onde foi os 200 metros? Nós queremos a resposta disso. Tá sendo um bando de palhaços o povo de Itaúna. Não estou representando minha Diocese”, garantiu.
REAÇÕES Ao fim da fala na Tribuna, Lucinho de Santanense (PSB) perguntou ao popular a qual paróquia ele pertence. “Senhor Padre, o senhor é de qual paróquia?” Ronilson confirmou ao vereador que é da paróquia do Nova Vila Mozart. “Hã? É, bairro Nova Vila Mozart. Isto”.
Iago Souza Santiago, o Pranchana Jack (Avante), colocou a Câmara à disposição de Ronilson Padre. “Gostaria de parabenizar pela explanação do orador. E dizer que o papel dessa casa nessa hora é de apoiar as investigações. Acho que essa casa tem que se unir para juntar informações, pra gente apresentar pra Federal também, avaliar tudo, ser sanada qualquer dúvida e qualquer problema também”.
DOAÇÃO Projeto de Lei de autoria do ex-prefeito Eugênio Pinto (PT) destinou em 2006 terreno à Associação Comunitária e Desportiva do Bairro Nova Vila Mozart. Segundo Alexandre Campos, a associação tinha um prazo de 36 meses para erguer a edificação, o que não foi realizado. O não atendimento às condições e prazos do PL implicou na extinção da concessão. “Como não foi realizado nada pela associação, o imóvel voltou a ser de uso do Município. E em 2018 essa Câmara aprovou um projeto doando (o terreno) para a NV Comércio de Máquinas e Reparos”, esclareceu o presidente da casa.
