COMO FUNCIONARÁ O 2V? A indignação dos taxistas com o excesso de multas, as ausências de estrutura e de diálogo da Diretoria Municipal de Trânsito e Transporte (DMTT) e da Secretaria Municipal de Regulação Urbana faz sentido. Padronizar os táxis em cor e com a logomarca da Prefeitura, como em Belo Horizonte e Divinópolis, é precoce e descenecessário. Itaúna tem apenas 67 táxis. Concordo sobre a necessidade de atualizá-los à tecnologia e expandir o serviço além da Praça Dr. Augusto Gonçalves. Mas os profissionais merecem atenção, em meio à chegada de aplicativo de mobilidade urbana. Quem serão os novos motoristas nas ruas da cidade? Como o novo serviço será regulamentado e fiscalizado? São perguntas em aberto, citadas por um taxista na Câmara. “Ninguém está entendendo nada. Ele (o aplicativo) foi aprovado pela Câmara?”, questionou Moisés Evangelista. Procurada pelo @viuitauna, a 2V ainda não se pronunciou. 33 taxistas assinaram carta queixa lida na reunião plenária da última terça-feira (26).
AJUDA Engajado na divulgação do aplicativo, o vereador Marcinho Hakuna (PSL) negou que tenha sociedade na iniciativa. “Eu não tenho nenhum aplicativo. Quisera eu fazer um investimento de R$ 1 milhão. Ele (o responsável pela 2V) mora em Belo Horizonte e me pediu para fazer a ajuda na divulgação. Não temos como caminhar contra a modernidade”, justificou.
MARCHA A RÉ Depois de se reunir com os taxistas, o vereador Joel Arruda (PSD) retirou de pauta o projeto de lei 12/2019, que pretendia atualizar a regulamentação do serviço. Joel conversou com lideranças, não toda a classe. Para temas desse porte avançarem, são necessárias, no mínimo, audiências públicas. Algo que não ocorreu no transporte coletivo, conforme apontou o próprio Joel.
DEVER “Acho que não fiz nada de excepcional, nada de especial. Cumpri o meu dever como juiz, procurando ser reto, justo, buscando sempre o ponto de equilíbrio. Devo ter errado. Se errei, os erros foram involuntários”,
Paulo Antônio de Carvalho, juiz de Direito, homenageado com Moção de Aplausos na Câmara.
BAIXA QUALIDADE Convocada pela Câmara a prestar esclarecimentos sobre as alterações no transporte coletivo, a Autotrans declinou. Hudson Bernardes (PSC) sugeriu alteração na Lei Orgânica ou Regimento Interno para inserir a obrigatoriedade de esclarecimentos de empresas concessionárias do Município ao Legislativo. “Isso é uma vergonha, não pode acontecer”, criticou Silvano do Córrego do Soldado (PHS). A Autotrans parece fazer o que quer nas comunidades em que atua. Ônibus velhos, sujos, descumprindo quadro de horários. Em Itaúna não é diferente.
CAIU NO COLO “Essas alterações tem apenas uma semana que foram feitas. Novas adequações podem ser realizadas. Esse é um contrato de 20 anos que caiu no meu colo para administrar. Porém, não fomos nós da atual gestão, que fizemos a assinatura disso”,
Audrey Juliano Ferreira Leite, gerente de Mobilidade Urbana, sobre o transporte coletivo.
E AGORA, OSMANDO? O que o ex-prefeito Osmando Pereira (PSDB), que renovou em dezembro de 2016 a concessão da Autotrans por 20 anos, sem concorrente na licitação, tem a dizer sobre toda essa celeuma?
INSATISFAÇÃO GERAL Era previsível que a municipalização do trânsito causasse polêmica entre os cidadãos e politicagem. Mas não a esse ponto. Motoristas, usuários do transporte coletivo, taxistas. Tem muita gente insatisfeita com o trabalho da DMTT. 82% em enquete nas redes sociais, apontou Otacília Barbosa (PV).
TAPA-BURACOS Conforme antecipado pela coluna, a Secretaria de Infraestrutura e Serviços substituiu a empresa responsável pelas operações tapa-buracos. A situação das ruas de Itaúna é calamitosa. Se a empresa anterior, vencedora do processo licitatório, não foi capaz de executar um serviço com um mínimo de qualidade, deve ser responsabilizada. O prejuízo com quebras de veículos não pode ficar com o cidadão.
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