Fábrica de Itaúna ficou fora da venda da Magneti Marelli; agora PCMA, empresa continua italiana

@viuitauna

Depois da venda da Magneti Marelli para o grupo japonês Calsonic Kansei, concluída no início de 2019, a fábrica de Itaúna permaneceu sob controle italiano ligado à Fiat Chrysler Automobiles (FCA), porém, com gestão independente. A unidade de produção de autopeças foi repassada à Plastic Components and Modules Automotive (PCMA), que ficou de fora da transação bilionária devido à função estratégica na cadeia automotiva do grupo, que controla marcas como Fiat e Jeep.

Apesar da relevância, a separação da fábrica de Itaúna na venda da Magneti não chegou a ser noticiada pela imprensa brasileira.

Sediada em Grugliasco, na Itália, a PCMA surgiu em 2008 como sucessora da Ergom Automotive, empresa que também chegou a operar o complexo fabril do município. Especializada em componentes plásticos, a PCMA tem sete fábricas na Itália, além do Brasil, Polônia e Turquia.

De acordo com publicações europeias, a FCA recebeu 6,2 bilhões de euros pela venda da Magneti Marelli, mantendo contratos de fornecimento de componentes para as marcas do grupo até 2022.

MARELLI APÓS CISÃO Sob o comando da Calsonic, do grupo de investimentos norte-americano Kohlberg Kravis Roberts (KKR), a Magneti Marelli ocupa a sétima posição entre fornecedores de autopeças no mundo, com 60 mil funcionários e 170 fábricas e centros de pesquisa e desenvolvimento na Ásia, Américas, Europa e África. Em 2019, a empresa teve um faturamento de 13,4 bilhões de euros.

No Brasil, após a cisão, a fabricante de componentes passou a operar com o nome Marelli Cofap, com unidades produtivas em Contagem, Lavras, Mauá (SP) e Hortolândia (SP), escritórios regionais de vendas em Curitiba, Goiânia, Recife, Rio de Janeiro e São Paulo, utilizando no mercado de reposição as marcas Cofap e Magneti Marelli.

Mesmo com a COVID-19, Marelli Cofap lançou 200 novos produtos no primeiro semestre. Foto: Divulgação/Magneti Marelli

OUTRO LADO Ao @viuitauna, a Marelli confirmou que a fábrica de Itaúna é a única do Brasil que não pertence mais ao grupo. A FCA afirmou, também via assessoria de imprensa, que a PCMA tem gestão própria e autônoma.

A reportagem não localizou um representante da PCMA no Brasil para falar sobre a operação.

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