Ministério Público emite recomendação e Câmara cancela reunião para flexibilização do Plano Diretor

@viuitauna

A Câmara Municipal cancelou a reunião extraordinária que discutiria a flexibilização do Plano Diretor nesta terça-feira (11). O recuo foi anunciado depois de o promotor de Justiça Gustavo Carvalho Rolla emitir uma recomendação sobre a aprovação do novo texto, que segue estudo contratado pela Secretaria Municipal de Regulação Urbana, sem licitação, para agilizar o licenciamento de terrenos nas barragens do Benfica e Velha, na zona rural de Itaúna.

A proposta, conforme mostrou o @viuitauna com exclusividade em novembro do ano passado, classifica a região como área de expansão urbana, propondo diretrizes que terão de ser regulamentadas pelo Município por leis complementares. Situação que, segundo o prefeito Neider Moreira (PSD), pacifica o lobby do mercado imobiliário sobre os valores das metragens dos terrenos da área, ocupada por condomínios de luxo.

Contratado pela Prefeitura junto à empresa D´Ávila Arquitetura, o estudo limita a fiscalização, uma vez que cada proprietário terá autonomia para fracionar sua área.

O dianóstico ambiental, voltado exclusivamente à utilização das barragens, estava paralisado na Câmara desde junho de 2019, depois de Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) ajuizar uma ação civil pública contra Neider.

No entendimento do MPMG, o prefeito adotou medidas com o objetivo de retardar e tumultuar a Revisão do Plano Diretor – retirada por último da pauta de votação da Câmara em 19 de março do ano passado –, visando interesses pessoais. Neider, que é proprietário de terreno na Barragem do Benfica, nega.

Estudo contratado pela Secretaria Municipal de Regulação Urbana foi apresentado na Câmara em novembro do ano passado

PRAZO EXPIRADO Terminou em março de 2019 os dez anos de validade do atual Plano Diretor, Lei 49/2008, conforme diretrizes do Estatuto da Cidade. O projeto de revisão do texto, iniciado pelo ex-prefeito Osmando Pereira (PSDB), chegou a ser colocado em votação no Poder Legislativo ainda em 2017, mas também foi retirado da pauta por recomendação do MPMG.

Em junho do ano passado, a Câmara rejeitou, por nove votos contra e cinco a favor, pedido de CPI contra Neider por interferências na aprovação da revisão.

Assista ao comentário de Bruno Freitas no jornal Cidade em Notícia da TV Cidade Itaúna:

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