Morre, em São Paulo, o empresário Dilson Fonseca

@viuitauna

Mais uma morte surpreendeu a população de Itaúna, desta vez do empresário Dilson Fonseca da Silva, de 75 anos, proprietário da Minérios Itaúna (Minerita). Conforme apurado pelo @viuitauna e confirmado pela Prefeitura de Itaúna nesta quarta-feira (30), Dilson estava com COVID-19. Ele faleceu em São Paulo, onde realizava tratamento oncológico. O velório e o sepultamento ocorrem no início da tarde, em uma cerimônia fechada, de curta duração.

No início de setembro, o conglomerado empresarial de Fonseca iniciou a construção de um novo centro de lazer na Av. Jove Soares. Em contato com a Minerita, a reportagem foi informada de que o empresário já não comparecia ao escritório há alguns meses, durante a pandemia.

A trajetória de Dilson Fonseca sempre foi marcada por grandes negócios, transformando-o em um dos maiores empresários de Itaúna e da região Centro-Oeste do estado. A Minerita, empresa que controlava juntamente com a família, foi fundada por seu pai, Cordovil Fonseca, e os irmãos, em 1971. É detentora da mina Lagoa das Flores, localizada na região de Serra Azul, em Itatiaiuçu, com reservas de minério avaliadas em 1 bilhão de toneladas, além de outra jazida, em Santa Bárbara, na região central de Minas Gerais.

Fonseca era proprietário da Minerita, uma das maioras mineradoras da Serra Azul, em Itatiaiuçu. Foto: Divulgação/Minerita

Em 2010, após a venda da Mineração J. Mendes e empresas controladas – Somisa (Siderúrgica Oeste de Minas) e Global Mineração –, para a Usiminas, por mais de US$ 1,25 bilhão, o jornal O Estado de S. Paulo indagou até quando Fonseca resistiria ao apetite de grandes mineradoras e siderúrgicas na exploração minerária da região. Três anos depois, o empresário rejeitou proposta de fusão de US$ 1 bilhão com a MMX de Eike Batista, pelo banco BTG Pactual, afirmando que a Minerita valia US$ 3 bilhões à época – hoje cerca de R$ 12 bilhões.

“Se for para dar, deixo para a família”, disse ao O Estado de S. Paulo.

PREFEITURA ARREMATADA Em agosto de 2016, na gestão Osmando Pereira (PSDB), Fonseca e os filhos arremataram o edifício da atual sede da Prefeitura por R$ 9,5 milhões, por meio da Companhia Mineira de Concentração de Minérios (CMC).

Por último, em dezembro de 2019, a Minerita negou informações sobre outra intenção de compra que apontava uma possível transação de R$ 10 bilhões com o grupo holandês Trafigura Beher BV, em parceria com o grupo de investimentos Mubadala Developement Co., de Abu Dabi, capital dos Emirados Árabes.

Matéria atualizada às 17h45 de 30/9/2020 com novas informações

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