Bruno Freitas
@viuitauna
Com a presença de deputados e prefeitos da região, a Prefeitura inaugurou no fim da tarde desta sexta-feira (12), em cerimônia no Boulevard Lago Sul, o novo Centro Administrativo. A obra, que chegou a ficar paralisada no início do mandato do prefeito Neider Moreira (PSD), consumiu recursos de cerca de R$ 12,5 milhões, dos quais R$ 9,5 milhões obtidos com a venda do prédio antigo, na Praça Dr. Augusto Gonçalves. Durante o evento, Neider prometeu concluir a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) entre abril e maio, sem especificar uma data.
“É um marco para a cidade, uma oportunidade de a gente tem de realmente mudar o patamar administrativo. Fazer com que exista muito mais dinâmica e já estamos percebendo isso no dia a dia da Prefeitura. As soluções são muito mais rápidas”, disse o prefeito, em entrevista ao @viuitauna.
Centralizando secretarias, que se mudaram para o local ainda no início de janeiro, a expectativa da Prefeitura é entregar serviços mais dinâmicos ao cidadão, economizando até R$ 70 mil/mês com aluguéis de imóveis, dos quais R$ 36,7 mil pagos mensalmente aos proprietários da sede no Centro – arrematada em leilão no fim do mandato do ex-prefeito Osmando Pereira (PSDB), em dezembro de 2016.
“Inúmeros serviços disponibilizados online. Muitas das vezes o cidadão não vai precisar vir mais à Prefeitura para resolver suas questões. Mais do que isso, há um lugar de muito mais ergonomia e conforto, tendo as secretarias reunidas, resolvendo par e passo e acompanhando a tramitação dos seus processos”, aponta Neider.
As secretarias de Saúde, Educação, Infraestrutura e Serviços e a gerência de Cultura permanecem nos atuais imóveis, no Centro de Especialidades Médicas e Odontológicas (CEMO), antiga Policlínica Dr. Ovídio Nogueira Machado; bairro das Graças; Canteiro de Obras e Espaço Cultural, respectivamente.
CONFIRA AS FOTOS DA INAUGURAÇÃO:
CUSTO TOTAL DA OBRA Lançada por Osmando em 2016, a obra do Centro Administrativo contemplava inicialmente a construção de dois edifícios, a um custo aproximado de R$ 19,5 milhões. No início de 2017 o projeto foi revisto pela atual administração para um edifício, a um valor, na época, de R$ 8,5 milhões. Orçamento que passou para R$ 10,6 milhões, em março de 2019, e por fim, R$ 12,5 milhões.
“Tivemos de repensar o projeto trazendo-o para dentro de uma situação racional em que tivéssemos a condição financeira de fazê-la. Portanto, é uma obra que conseguimos reduzir para R$ 12,5 milhões que estão rigorosamente pagos”, comemora Neider.
Perguntado sobre denúncias de superfaturamento na obra, Neider disse que as acusações são levianas. A questão foi levantada pela ex-veradora Otacília Barbosa (PV) na Câmara Municipal, em novembro do ano passado. Neider reconheceu, porém, a aplicação de termos aditivos, segundo ele “relacionados às mais variadas questões”, em função da variação de preços decorrente de uma obra.
“Completa falta de informações a respeito. Esta questão de falar da boca para fora sem ter acesso às questões como elas são, é muito perigoso, porque isso leva à pessoa a fazer afirmações levianas. Isso é um problema que temos no Brasil hoje e precisa ser corrigido. Comprovado a necessidade de fazer um equilíbrio financeiro numa obra, nada mais natural do que fazê-lo”, criticou.
ENTENDA O CASO Na ocasião, Otacília disse que a Prefeitura poderia ter economizado R$ 2 milhões caso “não tivessem superdimensionado a parte elétrica”. O caso, afirma a ex-vereadora, foi levado ao Ministério Público de Minas Gerais (MPMG).