Bruno Freitas*
DIREITA VERSUS GOVERNO Moderados pelas redes sociais da Prefeitura, os bolsonaristas do Conservadores Cristãos criaram uma petição online pedindo a cabeça, literalmente, do chefe de Comunicação Hermano Martins. O grupo diz ser alvo de censura, ao ter comentários apagados pelo servidor, que estaria colocando opiniões pessoais nas publicações. “É inadmissível que comentários sejam apagados de uma rede social que é pública”, argumenta a militante Eliane Franco. Hermano nega e diz ser perseguido, justificando que ocultou comentários que atacam seu nome como servidor.
DE NOVO O TRATAMENTO PRECOCE O novo round político entre a direita e o governo Neider foi parar nas páginas de Estado de Minas e O Tempo. Envolta à celeuma está a insistente cobrança da direita de Itaúna para a Prefeitura adotar em PSFs o tratamento precoce para pacientes diagnosticados com COVID-19. A prática disseminada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) não tem eficácia científica comprovada e o aval de entidades de saúde internacionais. Medicamentos como cloroquina e ivermectina são ofertados na Farmácia Básica, ficando o receituário a critério do médico de cada paciente.
FRASE
“Eles tentam intimidar a administração pública e servidores ligados para prevalecer a única verdade em que acreditam: a deles. Essas pessoas, na sua grande maioria bolsonaristas, tentam colocar essas questões de tratamento precoce, que não tem comprovação científica nenhuma, na cabeça das pessoas. O que tem que ser demonstrado pela administração é que é importante tomar medidas sanitárias e aguardar o momento de vacinação”,
Prefeito Neider Moreira (PSD), sobre a pressão da direita contra o governo.
MONOPÓLIO FUNERÁRIO Os vereadores Kaio Guimarães (PSC) e Gustavo Dornas (Patriota) estão determinados a por um fim no monopólio do serviço funerário em Itaúna, discussão que se arrasta há anos na cidade. Em vídeo divulgado nas redes sociais neste sábado (15), Kaio afirma que recebeu denúncia de velórios comercializados a R$ 7 mil. “Tem de haver uma concorrência para que os preços possam ser mais acessíveis à população”, aponta.
TABELA “ESCONDIDA” Como concessionária de serviço público, a funerária segue uma tabela de preços definida com o Município. O problema é que a tabela não é divulgada à população, apontam os vereadores, fazendo com que as pessoas paguem valores maiores para enterrar entes queridos. Cabe à empresa publicizar os serviços de forma clara e objetiva. A urna de menor valor custa R$ 2.835 em Itaúna. “Fizemos orçamentos em cidades circunvizinhas como Carmo do Cajuru, onde há velórios de R$ 1,8 mil. Não podemos compactuar com isso. Vamos até o final em relação a esse projeto”, afirma Kaio, sobre o projeto de lei na Câmara Municipal que pretende criar concorrência para o serviço – como mostrou o @viuitauna.
PAI ANÔNIMO Após ter sido questionado pela imprensa, o Sindicato Intermunicipal das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e do Material Elétrico (Sindimei) confirmou à rádio Clube o nome e o endereço da clínica que fornece diagnóstico gratuito de pacientes com COVID-19 em Itaúna: a Medcenter, na Rua Getúlio Vargas, como o @viuitauna apontou. O projeto, com custo mensal estimado de R$ 147,5 mil, é financiado por empresários da cidade. O nome das empresas, contudo, não foi revelado. Algo no mínimo estranho, dada a magnitude da iniciativa.
FRASE (2)
“Estas pessoas boas, de almas bondosas, pessoas anônimas, sem vínculo político”,
Vereadora Márcia Cristina, a Márcia do Dr. Ovídio (Patriota), que apresentou Moção da Aplauso na Câmara para a criação do posto de diagnóstico gratuito de COVID-19.
ASFALTO JOGADO FORA Rejeitada pela base governista, a captação pluvial em obras de asfaltamento voltou a ser questionada nas redes sociais. Tudo por causa do constante quebra-quebra em vias recém asfaltadas, que ajudaram a reeleger o prefeito nas eleições em novembro. Cidadãos atentam para o desperdício de dinheiro público, além dos remendos não entregarem a mesma qualidade do asfalto novo. “No bairro Morada Nova são inúmeras ruas nesta situação”, atenta Márcia Cristina. Com a palavra, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG).
*Bruno Freitas, 36 anos, é jornalista e editor do @viuitauna