Manobras de drift são risco de acidente e fonte de perturbação a noite no Cerqueira Lima

A noite não tem sido a mesma para moradores do Cerqueira Lima, em Itaúna. Além do medo quanto à segurança, o bairro agora tem sido utilizado por motoristas que desrespeitam as leis da trânsito na prática de drift. A manobra, popularizada por vídeos na internet, consiste em dirigir deslizando o carro de lado. Na prática, deveria ser realizada apenas em espaços apropriados, como pistas fechadas. Mas neste domingo (1º) nem mesmo a chuva intimidou um condutor, que foi flagrado por duas vezes, em horários distintos, deslizando o carro na rotatória que margeia o Poliesportivo JK, na Rua Maestro Hermínio Corradi.

O mesmo carro foi visto fazendo drift na noite de quinta-feira (28). No horário noturno, o forte barulho de pneus “cantando no asfalto”, gerado pela manobra, acorda quem já está dormindo. “Uma fonte de perturbação”, aponta uma moradora.

“Não dá mais nem pra gente dormir tranquila”, reclama a mulher, que acordou assustada com o barulho.

Outra moradora aponta que a situação está ficando “insuportável”.

“Acordando assustada com esse barulho e traumatizada depois que fizeram isso e bateram no poste”, diz.

Procurada pela reportagem, a 9ª Cia de PM não confirmou, até a publicação, se houve queixa via 190 e registro de ocorrência recentes relacionados às manobras. A gerente superior de Trânsito e Transportes da Prefeitura, Cíntia Valadares, explica que manobras como essa são perigosas e caracterizam crime de trânsito, conforme o artigo 308 do Código de Trânsito Brasileiro.

Em junho deste ano, moradores do Cerqueira Lima foram surpreendidos com um acidente que culminou com a queda de energia que, segundo a Cemig, afetou 70 clientes do bairro. No local, um carro conduzido por um jovem de 22 anos colidiu contra um poste, deixando a estrutura e os postes expostos na via. Relatos apontam que o carro envolvido no acidente foi visto fazendo drift. Depois de bater contra o poste, o condutor do veículo ainda tentou acelerar o carro, que ficou preso no emaranhado de fios da rede elétrica. A energia foi reestabelecida somente no dia seguinte, por volta de 14h. O motorista, segundo a PM, teve lesões leves, não apresentava sinais de embriaguez e por isso não foi submetido ao teste do etilômetro.

CUSTO DE REPOSIÇÃO De acordo com a Cemig, em casos em que fica comprovada a responsabilidade, o motorista causador do acidente tem prazo de até 60 dias para ressarcir os danos causados à rede da concessionária. Somente a estrutura do poste custa, em média, cerca de R$ 4 mil.

“Esse valor pode subir para até R$ 10 mil em caso de danos a equipamentos, como transformadores e religadores”, afirma a Cemig.

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Previous post Carro com gatos levou à prisão de casal suspeito de envolvimento em desaparecimento de motorista de aplicativo
Next post Filhote de jaguatirica é atropelado na MG-050