População de rua em Itaúna diminuiu mais de 50%, diz Prefeitura

Um levantamento realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) revelou um aumento de 935,31% na população em situação de rua no Brasil nos últimos dez anos. Os dados foram coletados a partir do Cadastro Único (CadÚnico) do Governo Federal e apontam um salto de 21.934 pessoas, em 2013, para 227.087, até agosto de 2023. Em Itaúna, a Prefeitura afirma que a população de rua na cidade diminuiu mais de 50% nos últimos anos, com 22 moradores nesta situação apurados em novembro, conforme dados da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social, por meio do Posto Avançado do Migrante.

Segundo a Prefeitura, muito da redução se deve ao trabalho realizado pela secretaria. Contudo, não foram apresentados dados comparativos históricos, no município, que sustentem o discurso.

“Dentre os principais motivos disso ir em contramão a essa análise do IPEA está o fortalecimento de vínculos familiares, oportunidade de emprego em empresas da cidade, encaminhamento à Secretaria de Saúde para aquelas pessoas que têm dependência química, apoio as famílias de maneira contínua e abordagem social manhã, tarde e noite”, sustenta a assessoria de comunicação do Município.

A pesquisa aponta que problemas familiares e desemprego são as razões mais apontadas por pessoas em situação de rua para explicar sua circunstância. A exclusão econômica, dimensão que envolve o desemprego, a perda de moradia e a distância do local do trabalho, é citada por 54% das pessoas. Problemas de saúde – particularmente, mas não somente, aqueles relacionados à saúde mental – são apontados por 32,5%. A fragilização ou ruptura de vínculos familiares é citada por 47,3% e lidera a estatística que leva em consideração somente motivos individuais.

RAZÕES INDIVIDUAIS Levando em consideração somente motivos individuais, além da liderança dos problemas com familiares e companheiros (47,3%), aparecem razões como desemprego (40,5%), alcoolismo e outras drogas (30,4%), perda de moradia (26,1%), ameaça e violência (4,8%), distância do local de trabalho (4,2%), tratamento de saúde (3,1%), preferência ou opção própria (2,9%) e outros motivos (11,2%).

“Entretanto, é importante notar que as causas para a situação de rua no Brasil podem ser organizadas em três dimensões: a exclusão econômica, envolvendo a insegurança alimentar, o desemprego e déficit habitacional nos grandes centros; a fragilização ou ruptura de vínculos sociais, particularmente vínculos familiares e comunitários, por meio dos quais essas pessoas poderiam ser capazes de obter acolhimento em situações de dificuldade; e os problemas de saúde – particularmente, mas não somente, aqueles relacionados à saúde mental”, afirma o IPEA.

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