Mineração é estratégica para nova política industrial, reforça presidente do IBRAM

O diretor-presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), Raul Jungmann, ressaltou que a matriz produtiva brasileira precisa incorporar novas tecnologias e equipamentos desenvolvidos, obrigatoriamente, a partir da oferta de minérios. A oferta abundante de minérios considerados críticos para a transição a uma economia de baixo carbono, como lítio, tântalo, vanádio, nióbio, e também do minério de ferro, cobre, bauxita (alumínio) e elementos de terras raras, são oportunidades para o plano de neoindustrialização de R$ 300 bilhões anunciado pelo Governo Federal nesta segunda-feira (22), no Palácio do Planalto, em Brasília.

Segundo Jungmann, entre os principais obstáculos para oportunidades de negócios e atração de investimentos estão o baixo conhecimento geológico – apenas 27% do território contam com algum tipo de informação sobre minérios; a falta de linhas de financiamento para projetos minerais; licenciamento ambiental burocrático e moroso; deficiências graves no ambiente regulatório e fiscalizatório.

Jungmann é um dos integrantes do conselho presidido pelo vice-presidente Geraldo Alckmin, ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.

“Se o Brasil quer uma indústria mais inovadora, digital, verde, exportadora e mais produtiva, o país tem que investir na expansão sustentável da produção mineral”, afirma.

IBRAM e BNDES atuam em parceria O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES), Aloísio Mercadante, citou o IBRAM como parceiro para estruturar um fundo voltado a financiar a produção de minerais críticos à transição energética. Além disso, Mercadante disse que o Brasil irá estimular a criação de instrumentos de mercado de capitais voltados a essa transição, à descarbonização e à bioeconomia.

“O fundo em parceria com o BNDES deverá ser anunciado ainda neste primeiro trimestre”, comentou Jungmann.

Em julho passado, o CNDI aprovou proposta de Raul Jungmann para inserir na nova política industrial planos para proporcionar a melhoria das condições de competitividade e a expansão sustentável da indústria da mineração. Além disso, Jungmann defendeu o mesmo para estimular a produção de minerais críticos à transição energética e à promoção da economia de baixo carbono.

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