A entrada de produtos importados com custos reduzidos e sem todos os encargos cobrados para a manutenção dos negócios do Brasil impactou as atividades do Grupo Coteminas, que anunciou em fato relevante, no último dia 8, o deferimento pela Justiça de um pedido de recuperação judicial. A companhia, com unidade em Itaúna, terá 180 dias para negociar com os credores as condições de pagamento, para que o plano de recuperação seja aprovado em assembleia. A recuperação judicial poderá interferir na negociação da Santanense, cujo desfecho era previsto para ser anunciado em breve.
No início de abril a empresa havia anunciado a conclusão de um processo de reestruturação que inclui negociações com credores e a desativação de duas fábricas. Com a venda de ativos não operacionais, a controladora da Santanense disse na ocasião ter reduzido o passivo em R$ 70 milhões, além de trabalhar para finalizar uma auditoria prévia da alienação de outro ativo, que levará a uma redução adicional de mais R$ 30 milhões.
Para o professor da Fundação Dom Cabral (FDC) Eduardo Horta, a indústria têxtil brasileira está no limbo há alguns anos. Desde que a China começou a inundar o mercado com produtos de R$ 0,99, a vida empresarial da Coteminas foi mais impactada. “Afinal de contas, os produtos chegam ao país por um preço que não tem como a indústria têxtil suportar”, aponta.
Para se manter em atividade, a indústria precisa registrar os trabalhadores, têm regras ambientais para cumprir e impostos para pagar, enquanto os produtos têxteis que chegam ao país, além de vir com preços muito baixos, não precisam arcar com todas as despesas. Por isso, explica Horta, é muito difícil concorrer com os produtos importados.
“A Coteminas tomou uma medida esperada, pois chegou a um momento que, para se reestruturar, é a alternativa mais viável que existe para a ocasião”, analisa.
COMUNICADO No fato relevante encaminhado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a Coteminas não informa onde foi feito o pedido ou o nome do juiz que aceitou parcialmente a requisição. Também não diz qual o total de dívidas a serem renegociadas com intermediação da Justiça. O extrato da decisão incluído no comunicado determina a suspensão de todas as ações e execuções contra a Coteminas e as demais empresas do grupo – o documento cita nominalmente apenas a Ammo Varejo, que vende as marcas Santista, Artexz e Mmartan, mas o grupo inclui a Santanense e a Springs Global, multinacional que controla o conglomerado.
Como justificativa para a decisão, a Coteminas informa que um fundo de investimentos notificou as empresas do grupo do vencimento antecipado de debêntures emitidos pela Ammo Varejo em maio de 2022, e a transferência de ações por valor irrisório. Segundo o comunicado, a companhia têxtil contranotificou o fundo porque não estaria configurado o vencimento antecipado de dívidas.
No ano passado, o grupo fechou uma parceria com a chinesa Shein para produzir vestuário no Brasil. Logo depois a rede global de fast fashion emprestou R$ 100 milhões para a Santanense. (com informações do Diário do Comércio).
E MAIS…
Trabalhadores afastados desde dezembro
Com escritório comercial em Belo Horizonte e unidades industriais em Pará de Minas e Itaúna, a Tecidos Santanense tem capacidade instalada para produzir 60 milhões de metros lineares/ano, de acordo com o site da empresa. Em Itaúna, trabalhadores os estão afastados da empresa desde dezembro do ano passado e a concretização da negociação com a paulista Capricórnio Têxtil permanece sob mistério.
Trabalho na coteminas de Blumenau e estou dois meses com o salário atrasado, com esse pedido de recuperação judicial, como fica
Unidades do nordeste com salários atrasados. Tem fábrica com 8 meses de atraso.
A Coteminas em montes Claros já mandou demetiu mais de 90% dos funcionários fizeram acordos parcelados e não estão pagando as parcelas como fica com esse pedido de recuperação judicial?
Fica a cara do Brasil onde empresário como o digníssimo Josué Gomes da Silva faz o que quer e paga quem ele quer a hora que ele desejar justiça e só para os menos favorecidos
O sindicato têxtil de Blumenau sempre foi aliado da Coteminas mentiu pros funcionários sombre um terreno que ficou penhorado, só que esse terreno não tem valor comercial, mas eles tiveram a cara de pau de dizer que o terreno entrou como garantia num valor de 32 milhões que deboche dos diretores do sindicato têxteis
É meu amigo esse come no prato do Lula aí já viu.
Presidente da FIESP é o dono da Coteminas, demitiu funcionários com 30 anos de casa, fizemos a empresa crescer, ganhou muito dinheiro. A maior têxtil do Brasil, das Américas talvez, não pagou 01 centavo das rescisões de muitos funcionários. Se reune na FIESP com Gilmar Mendes Alckmin e outros como se nada estivesse acontecendo.
O grupo Coteminas infelizmente acabou, se voltar será apenas 2 fábricas funcionando. Antes quando empregado, quando se falava que era da Coteminas, todos diziam ótima empresa pra se trabalhar. Hoje infelizmente isso acabou.
Pois é, não conseguiu, ou melhor não se empenhou em administrar a própria casa (coteminas e grupo econômico), em honrar compromissos firmados, sobretudo, salários, mas, se acha capaz de presidir a FIESP. Só no Brasil! Como disse o saudoso Cazuza “Brail mostra a tua cara…”
Não adiantou o prefeito de Blumenau sindicato ir a são Paulo falar com o cara ele e profissional enrolou todos.
Cadê o terreno e o maquinário de garantia pra pagar a gente . Foi mais uma farsa.o pessoal de Blumenau sabia disso e deixou acontecer.
Trabalhei na coteminas de jao pessoa há 23 ano não recebi nada ainda 8 mês de salario atrazado e nada foi resolvida
Fui demitida da Coteminas Macaíba, no RN, com salários e férias atrasados, o acordo com o sindicato seria parcelar as rescisões em 12 vezes isso ocorreu em novembro do ano passado, e até agora não recebemos nada.
Fui demitida em novembro do ano passado com, salários atrasados e férias que não foram pagas. Foi feito um acordo coletivo com o sindicato para parcelamento de até 12 vezes das decisões, que não foi cumprido pela Coteminas.
INSS e fundo de garantia há 2 anos não sendo depositado,fora os salários atrasados.
Brasílsil, o empregado sempre será o prejudicado
Trabalhei 15;anos na Coteminas em montes claros ,acertei no mês de janeiro 2024 ,só q até hoje não recebi o meu acerto ,nem fundo de garantia , q devo fazer ,
Eu sou a favor de colocar ba prisão estes empresários com intenção de dar o calote, fazer igualmente o grupo Americana.