Na última sexta-feira (21), a Polícia Militar de Itaúna divulgou a prisão de um homem, com fuga em aberto da Penitenciária Pio Canedo, como suspeito do assalto à uma hamburgueria do bairro Morada Nova, há uma semana. Na ocasião, a 9ª Cia de PM informou que o indivíduo foi identificado após diligências e em operação a fim de recapturá-lo, tentou evadir da abordagem. Um simulacro de arma de fogo foi apreendido. Passados três dias, a Polícia Civil, porém, contradiz as informações divulgadas pela PM, apontando que o homem preso “não confessou o crime” e o “indivíduo que praticou o roubo à hamburgueria não foi preso”.
Conforme apurado, as investigações continuam para identificar a autoria do crime. “A PCMG segue investigando o roubo”, afirma.

RELATADO POR MILITARES De acordo com a PCMG, na quinta-feira (20) foi registrado um boletim de ocorrência pela PM relatando a condução de um indivíduo. Na ocasião foi diligenciado o cumprimento de mandado de recaptura, momento em que foi relatado pelos militares que esse seria o suspeito do assalto a hamburgueria, já que localizaram um simulacro semelhante ao utilizado pelo assaltante no dia 17 de março.
“Porém ele não confessou o crime”, ressalta a PCMG.
A reportagem questionou novamente a 9ª Cia de PM sobre a divulgação da prisão do suspeito, e aguarda resposta.
“Suspeito”: um termo que carrega consigo a incerteza, a dúvida sobre sua existência, exatidão ou legitimidade. O homem preso não confessou o crime — e isso, por si só, já diz muito. A ausência de uma confissão não é prova de inocência, mas também não é sinal de culpa. Ser um suspeito não o torna automaticamente culpado; é apenas o início de um processo que exige investigação rigorosa, provas concretas e justiça transparente. A verdade ainda está por ser desvendada, e o caminho até lá deve ser percorrido com cautela e responsabilidade. Fazendo muito bem jus ao nome, não para de uma VIL matéria com o escopo de jogarem duas có-irmãs uma contra outra. Amadorismo.
Um desserviço prestado à comunidade, como uma VIL tentativa de colocar duas instituições cô-irmãs em conflito. Jornalismo amador.
A PCMG foi enfática ao informar à reportagem, na apuração da ocorrência divulgada pela PM, que o indivíduo que praticou o roubo à hamburgueria “não foi preso” e o registro relativo ao fato “não teve prisão até o momento”.
Ignorar a atualização do caso aos leitores configura negligência jornalística e, em caso de ausência de provas concretas, pode imputar injustiça a um indivíduo, face a tantos casos Brasil afora em que pessoas são alvos de linchamento por julgamentos precipitados e interpretações equivocadas nas redes sociais.
Cabe à imprensa reportar os fatos da forma em que eles se apresentam, ainda que isso exponha contradições e uma evidente falha de comunicação entre órgãos públicos.
É natural o jornalismo incomodar quem se sente confortável em não ser incomodado. Estranho mesmo seria a imprensa não questionar uma clara e evidente contradição.
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