A dificuldade dos brasileiros com o planejamento financeiro tem um novo alerta quando o tema é a saúde. Dados de uma pesquisa revela que apenas 16% dos entrevistados conseguem manter uma reserva para despesas médicas inesperadas, mostrando que além dos desafios financeiros, existe a necessidade de um cuidado preventivo com a saúde. Segundo o levantamento, 36,4% estão dispostos a gastar até R$ 300 por mês na saúde pessoal. Apenas 6,6% afirmam que estariam dispostos a investir mais de R$ 1 mil para o mesmo propósito. Para 30,6%, o principal objetivo em relação à saúde da sua família é a saúde mental.
“O principal destaque desse levantamento é a conscientização sobre a relação entre finanças e saúde, incluindo tanto o bem-estar físico quanto o mental. O estudo reforça ainda a importância do cuidado preventivo e da atenção primária, que vão além do simples acesso a serviços médicos – trata-se de um acompanhamento contínuo e integral”, afirma Paulo Yoo, diretor Médico de Experiência e Programas de saúde da healthtech dr.consulta, que realizou a pesquisa, em parceria com a Serasa.
Yoo aponta que pequenas ações, como check-ups regulares e o controle de condições crônicas, podem evitar problemas mais graves no futuro, reduzindo tanto o impacto na qualidade de vida quanto os custos com tratamentos emergenciais. “Priorizar a saúde desde cedo é essencial para garantir bem-estar e estabilidade em todos os aspectos da vida”, acrescenta.

De acordo com a análise da pesquisa, investir na prevenção contribui para a redução de riscos de complicações médicas e pode evitar emergências que afetam tanto o bem-estar quanto a estabilidade financeira. A falta de reserva para emergências médicas preocupa: 52,9% dos entrevistados não possuem nenhuma reserva financeira para situações inesperadas.

SAÚDE MENTAL E FINANCEIRA Entre os entrevistados, 67,8% concordam que a situação financeira impacta na ansiedade. Apesar desse impacto, 55,8% dos participantes nunca buscaram ajuda psicológica para lidar com esses desafios.
Patrícia Camillo, especialista em educação financeira da Serasa, reforça a importância de incorporar o quesito saúde ao planejamento financeiro mensal. Para ela, criar uma reserva para urgências, ainda que em pequenos passos, é necessário para não afetar ainda mais a saúde física e a mental, que impactarão diretamente o orçamento.