O ex-vereador e presidente da Câmara Municipal, Alex Arthur, o Lequinho, foi às redes sociais desabafar sua exoneração do SAAE após não ter uma promessa de cargo cumprida. Ao @viuitauna, Lequinho disse que combinou com o diretor-geral da autarquia, Nilzon Borges, ser nomeado “gerente administrativo 02”, apesar de ter sido chamado para ocupar a função de “chefe de setor” de Resíduos. Aponta ainda que atualmente sete ex-vereadores, da época dele no Legislativo, ocupam cargos na nova administração municipal. “Não pedi cargo de secretário, mas combinamos antes (com Nilzon)”, sustenta.
“Preferi voltar com meus pastéis por não ter prestígio no governo, mesmo sendo eleito três vezes consecutivas e chegando à presidente da Câmara”, desabafa.
Lequinho se candidatou novamente a vereador nas eleições de 2024, pelo Republicanos, quanto teve 115 votos. Declarou como bens pessoais um carro no valor de R$ 12 mil e uma casa de R$ 200 mil. No meio político é de conhecimento que passa por problemas pessoais.
Entre os ex-colegas que foram contemplados com cargos superiores no Executivo, aponta Lequinho, estão Gil Máximo, Marcinho Hakuna, a também ex-vice prefeita Gláucia Santiago, Otacília Barbosa, o próprio Nilzon Borges, Edinho e Francis Saldanha. Para justificar a negativa do cargo de “gerente administrativo 02”, Nilzon, diz o ex-vereador, teria argumentado à ele que não teria qualificação para a função.
“Mas o que me estranha é que criou mais cargo na autarquia e me deixaram de fora”, afirma.
Lequinho diz ainda ter conversado com o prefeito Gustavo Mitre (Republicanos) ao encontrá-lo fazendo caminhada, em um domingo. “Comentei que entregaria o cargo. Ele disse: você ganha mais com os pastéis, né. Só isso”, afirma, sem saber especificar os cargos. “Preferi pedir exoneração e deixar politica de lado! Não pretendo me candidatar mais”, acrescenta.
O @viuitauna solicitou um posicionamento do SAAE. A assessoria da autarquia respondeu, após a publicação, que não será se manifestar.

“MUITA COISA AINDA PARA IR PARA A MÍDIA E O JUDICIÁRIO” Essa não é a primeira vez que Lequinho alega ser prejudicado e diz deixar o meio político. Na Câmara, após ter sido denunciado pelo ex-vereador Iago Souza Santiago, o Pranchana Jack (Avante) no caso dos “pastéis recheados”, ele disse em novembro de 2020 que “tem muita coisa ainda para ir para a mídia, a imprensa e principalmente para o judiciário”, se referindo à denúncias como rachadinha, fura fila do SUS e, por último, assessores fantasmas.
Na ocasião, Lequinho alegou ter sido prejudicado pela denúncia de tentativa de compra de votos na eleição da Mesa Diretora, no fim de 2018, e prometeu continuar fiscalizando o trabalho de colegas.
“Saio de cabeça erguida. Existe a lei do retorno. Fui muito prejudicado com o áudio que vazou. Não fui ouvido pelo juiz e não devo mais mexer com política, vou ampliar meu negócio. Não dependo e nunca dependi de política para viver. Não é agora que eu dependo de cargo na Prefeitura”.
Pranchana, a exemplo do que diz Lequinho agora, se afastou da política local. Sua ex-namorada, Carol Faria (PRD), foi eleita vereadora em 2020 e 2024.