Em meio à rumores sobre a possível venda da Tecidos Santanense à Capricórnio Têxtil, uma das maiores produtoras de índigos e brins do Brasil, com sede em São Paulo, o Sindicato dos Tecelões de Itaúna, órgão que representa a categoria, confirma que a negociação entre as partes está adiantada. Contudo, ainda não foi concluída. Segundo o presidente do sindicato, Thiago Augusto Santos, a folha salarial referente à dezembro foi paga pela companhia de tecidos itaunense, que realiza um levantamento das dívidas existentes para quitar os pagamentos pendentes.
“No dia 20 teremos outra reunião com os representantes da empresa”, adianta.
Santos alerta que muitas informações que tem circulado na cidade não procedem. O representante afirma que faltam detalhes na concretização da venda, que a empresa não informa para não interferir nas negociações.
“Mas está bem adiantada a negociação”, admite.
Em julho do ano passado, a produção da Santanense em Itaúna foi reativada após uma paralisação de cerca de oito meses. O retorno ocorreu após um aporte de R$ 100 milhões, anunciados pelo prefeito Neider Moreira (PSD) em abril, em meio à parceria fechada pelo Grupo Coteminas com a gigante de fast fashion Shein.
Em janeiro deste ano, funcionários da Tecidos Santanense em Itaúna se reuniram na Câmara Municipal com o superintendente do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) em Minas Gerais, Carlos Calazans. Na ocasião ficou acertada a promessa de um diálogo do MTE com a direção da empresa, para entender a real saúde financeira e os compromissos da centenária companhia de tecidos, além de buscar ações junto ao Ministério Público do Trabalho (MPT) e a Justiça do Trabalho para preservar os direitos dos trabalhadores.
UNIDADE DE PARÁ DE MINAS Em Pará de Minas, a informação enviada por uma funcionária ao @viuitauna também é de que o vale referente à dezembro e o salário foram quitados.
A Capricórnio foi procurada pela reportagem, que aguarda retorno.