6 perguntas para: Vitória, primeira eletricista de manutenção industrial da Stellantis em Itaúna

Aos 21 anos, Vitória Cristina é a primeira mulher eletricista de manutenção industrial a trabalhar na Stellantis em Itaúna. A jovem teve a oportunidade de ingressar na unidade de autopeças PCMA como menor aprendiz, quando estudava no Senai. Em dois anos passou por três etapas internas até se tornar especialista na área em que atua.

Sua história, compartilhada em um depoimento no Instagram, é um exemplo para jovens e mulheres que buscam crescer profissionalmente. “É só você querer e ter vontade de aprender. É só você ser você mesmo que você vai longe”, aponta Vitória.

CONFIRA A ENTREVISTA:

Como surgiu a oportunidade de trabalhar como eletricista de manutenção industrial na Stellantis em Itaúna? Você já acompanhava o meio automotivo?
Já havia passado na porta da empresa e imaginado que um dia queria trabalhar ali. Da mesma forma que passei na porta do Senai e disse que iria estudar ali. Uma amiga de um ex-namorado falou sobre a oportunidade para dois cursos de menor aprendiz (incluindo alunos de eletroeletrônica). Fiz a inscrição e passei em um grupo de 18 pessoas. Ele me deu muito suporte. Pequenas coisas e as pessoas ao meu redor me ajudaram a chegar onde estou.

Quais foram os principais desafios e conquistas que alcançou profissionalmente até então? Conte-nos curiosidades e detalhes sobre a sua trajetória:
Quando surgiu o curso estava desempregada. Aqui é o meu primeiro emprego. O maior desafio foi fazer a prática. A teoria é muito cálculo e há coisas a se aprender. A prática me ajudou bastante. É nos erros que a gente aprende. O pessoal da manutenção me ensina muito.

Então conquistei uma equipe de manutenção. Admiro muito isso. Todo o conhecimento que adquiri. Fui efetivada no final do curso, aos dois anos. Aqui são três etapas para se tornar eletricista. Hoje em dia sou especialista, graças a Deus. A gente só vai crescendo. Tudo graças às pessoas que me ajudaram também.

Hoje, como se sente neste papel de protagonismo, em um meio em que há mais homens no ambiente de trabalho?
O pessoal aqui nunca me excluiu de nada. Gosto de trabalhar nessa área, me sinto honrada. O tratamento não é diferente, todo mundo tem um carinho e respeito muito grande. Incentivo, tem meninas trabalhando na área de produção, que convivo no dia a dia, e eu incentivo bastante, digo que é muito bom, apesar do começo ser muito difícil. Os meninos me fazem se sentir tão confortável. Me sinto privilegiada pela Stellantis por me dar esta grande oportunidade. A empresa sempre está disposta a receber mulheres.

Para você, o que representam os conceitos de diversidade e empoderamento em uma empresa multinacional como a Stellantis?
Sim, exemplo disso é eu estar na área onde estou. A Stellantis tem muita diversidade, independente do que for e a história de vida. Tem duas pessoas que trabalham na produção que são cegas. Só de tocar, os rapazes sabem se a peça está adequada ou não. São pessoas que fazem um excelente trabalho. É só você querer e ter vontade de aprender. A empresa vai te dar a oportunidade.

Olhando daqui para o futuro, qual é a sua busca profissional?
Pretendo aposentar aqui, se tudo der certo. Pretendo entender e conhecer muito mais as máquinas. Como sou especialista, pretendo continuar nesta área. Gosto de estar no chão de fábrica. Pretendo fazer mais cursos na área e faculdade, ser sempre estudante.

Qual mensagem inspiradora você daria para outras mulheres para entrar no mercado, em uma posição como a sua?
Seja você mesmo. É só você ser você mesmo que você vai longe. É correr atrás, tentar, insistir, se não der certo. Porque a oportunidade vem e as pessoas reconhecem isso.

7 thoughts on “6 perguntas para: Vitória, primeira eletricista de manutenção industrial da Stellantis em Itaúna

  1. Uma pena que não prática e totalmente diferente assédio moral por parte de gerência denúncias feitas ao complice não são apuradas de maneira inventa, lamentável espero que a empresa um dia valorize realmente as mulheres…

  2. Realmente um caso a ser estudado.
    Trabalhei na empresa durante 7 anos, vontade de aprender e buscar sempre tive, formação superior pós e MBA, inglês etc porem a empresa infelizmente promove amantes de chefes, amizades .Existe um assédio sexual e moral gigantesco. E muito prometem e pouco entregam.RH fraquíssimo não cumpre o que promete.Realmente o caso a parte um milagre eu diria.Enfim sucesso aos que estão chegando e que oportunidades iguais sejam distribuídas para outros colaboradores.

  3. Conheci a Vitória quando menor aprendiz, uma pessoa incrível, quando ela estava fazendo os testes para efetivar, tive oportunidade de conversar com ela e via o brilho em seu olhar…
    Foi a coisa mais emocionante que vi em minha trajetória

  4. Na empresa se tem a política de “produção” em qualquer setor sem se importar realmente com o funcionário querem entregar números somente, algumas lideranças péssimas que ajudam a prejudicar ainda mais o ambiente ruim de trabalho. Precisa melhorar muito e rever conceitos essa empresa. Sucesso Vitória!

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