Coluna Ponto de Vista – 5 de janeiro de 2019

A BURRICE DO DPVAT Fenômeno ocorrido em Itaúna na quarta-feira (2) demonstra o nível de desinformação do brasileiro diante do descrédito político gerado contra a imprensa. Milhares de itaunenses correram e fizeram longas filas em lotéricas e empresas conveniadas para pagar o Seguro de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Via Terrestre (DPVAT) diante da falsa informação, disseminada no WhatsApp, de que o imposto poderia ser pago com desconto apenas naquela data. A Fake News, além de burra, é vencida. Desde o ano passado, conforme a Resolução nº 371 aprovada pelo Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP), fato amplamente noticiado pela imprensa nacional, foi divulgado que o imposto seria reduzido em 63,3%, em média, em 2019. O DPVAT é tabelado e não existe desconto, podendo ser pago até o vencimento da primeira parcela do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA). Valores: R$16,21 para automóveis e R$84,58 para motocicletas.

LEMBRETE A única fonte confiável é a da origem da informação. No caso do DPVAT, a Seguradora Líder e o Detran-MG, órgãos responsáveis e que cujos sites emitem os boletos para pagamento. Quem baixou boleto em WhatsApp e pagou, também pode ter caído em golpe. Consciência cidadã e mais leitura, minha gente!

LINHAS RURAIS Até o fechamento da coluna, moradores ainda aguardavam o retorno da operação dos ônibus rurais até Angicos e Santo Antônio da Serra. Com a interrupção do serviço na divisa de Itaúna, crianças, idosos e pessoas sem condições de se locomover tem sido duramente afetadas, já que necessitam completar o percurso a pé ou de carona. Outro problema antigo é a precária conservação da estrada de Angicos, o que inviabiliza a passagem dos ônibus em dias de chuva. Em 22 de dezembro, um sábado, o veículo que atendeu a comunidade chegou atrasado, já que não havia cobrador e a bilhetagem eletrônica apresentou problemas.

RURAIS (2) A Gerência Operacional da Autotrans em Itaúna alega que aguarda a notificação da Setop para retomar as linhas até as comunidades de Carmo do Cajuru. O deputado Gustavo Mitre (PSC) foi acionado para intervir, mas não retornou à coluna. Perguntada se há alguma previsão de licitação para as linhas intermunicipais, a Subsecretaria de Regulação de Transportes da Setop faz vista grossa, e afirma que não recebeu “qualquer solicitação para criação das linhas”. “Caso alguma solicitação venha a ser formalizada, deverão ser realizados estudos de viabilidade das mesmas para determinação de futura licitação. Quanto à operação das linhas gerenciadas pelo serviço de transporte coletivo do município de Itaúna, sugerimos que o questionamento seja direcionado ao órgão competente”, declara a Setop, em nota.

RURAIS (3) Ou seja: em caso de nova celeuma envolvendo a concessão do serviço, os ônibus voltam a parar de circular novamente. Essa questão tem de ser resolvida de forma definitiva. A população não pode sofrer mais.

Fotos: Bruno Freitas/Viu Itaúna Alexandre Campos (MDB), Hudson Bernardes (PSC) e Lacimar Cezário, o Três (PSL) assumiram o comando da Câmara até 2020

CENA ATÍPICA Em dois anos de cobertura das reuniões plenárias da Câmara, nunca vi representantes do Executivo reunidos como na posse da nova Mesa Diretora, na tarde de quarta-feira (2). Neider Moreira (PSD) utilizou a Tribuna em boa parte da solenidade para apresentar as últimas ações do Município. Ao @viuitauna o prefeito prometeu uma maior proximidade com a casa em 2019 e 2020.

Foto: Câmara Municipal de Itaúna Vereador Hudson Bernardes

PRESIDENTE E VICE Ex-líder da base governista, eleito em 19 de novembro antes da anulação da Justiça, e por fim vice na chapa vencedora, Hudson Bernardes (PSC) pretende ter uma relação de harmonia com o presidente eleito Alexandre Campos (MDB), até então opositor ao governo. Para Hudson, é preciso reestabelecer a paz na Câmara, com diálogo entre o Executivo, Legislativo e a população. “É necessidade premente trazer de volta os cidadãos às reuniões da Câmara. Com o que fazemos isso? Com as pautas de interesse coletivo. Temos (a nova Mesa) de sentar e resolver o problema da instituição. A Câmara é maior do que alguns embates, talvez até alguns embates de cunho pessoal”, sugere o vereador veterano.

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