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Dois meses depois, voltou à pauta da Câmara Municipal um projeto de lei do vereador Giordane Alberto (PV) que classifica igrejas e templos como atividades essenciais em períodos de calamidade pública, como a pandemia de COVID-19. A iniciativa, encaminhada às comissões da Casa em regime de urgência, veda o fechamento dos locais caso haja um endurecimento de decretos do Município e do governo de Minas. Hoje, em Itaúna, cultos e missas estão limitados a até 30 pessoas.
Em 29 de maio, outro PL de Giordane com o mesmo propósito, o 46/2020, também chegou a ser lido em plenário e encaminhado com urgência, assinado em conjunto com o presidente Alexandre Campos (DEM). Na reunião ordinária desta terça-feira (28), a proposta retornou como projeto de lei 60/2020.
“A Igreja é aquele lugar onde muitas pessoas chegam desesperadas, em busca de uma ajuda urgente. As igrejas reacendem a esperança na população, sentimento crucial neste momento para que as pessoas não se sintam desesperadas, em pânico. É preciso manter os templos e espaços religiosos abertos, mesmo que reduzido número de cultos e limitando a frequência”, aponta a justificativa, datada do último dia 23.
Ao @viuitauna, Giordane explicou que o objetivo é manter a saúde espiritual da população. Na visão do vereador, a igreja é fundamental no momento de pandemia, em que pessoas estão isoladas, perderam o emprego ou até tentaram suicídio. “No entendimento não só meu, como de todas as igrejas, até mesmo a Católica, temos observado muitas pessoas emocionalmente abaladas com o que o nosso mundo está vivendo. Hoje mesmo ouvi em uma rádio que o número de divórcios está crescendo muito por causa de brigas entre famílias”, afirma.
IGREJAS RESGUARDADAS Segundo o vereador, o PL é uma forma de resguardar as igrejas e templos caso a nova fase do programa Minas Consciente determine o fechamento do comércio e serviços novamente no estado. “As igrejas não serão fechadas da forma que algumas cidades fecharam. Tivemos várias cidades em que as igrejas ficaram fechadas por mais de um mês. Não entrava ninguém. Minha preocupação é a saúde espiritual das pessoas. Através da fé vamos resguardar as pessoas”, argumenta o parlamentar.