Coluna Ponto de Vista – 2 de fevereiro de 2019

IMPACTOS DA MINERAÇÃO O drástico rompimento na Barragem I da Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho, atenta para a necessidade de ajustes na legislação e a adoção de políticas públicas voltadas aos impactos ambientais do minério – um dos principais produtos econômicos do Estado. Mais barato de se manter, esse tipo de barragem tem de ser extinto o quanto antes em todo o Brasil. O risco é altíssimo e as consequências de novos acidentes, incalculáveis. Embora Itaúna não esteja na rota das barragens de rejeitos de Itatiaiuçu e a Usiminas teoricamente descarte problemas, os cursos d’água da cidade podem ser afetados. Itaúna pagaria um alto preço pela exploração que enriqueceu muito dos seus cidadãos nas últimas seis décadas. O que vale mais? A vida ou o dinheiro?

MINERAÇÃO (2)
“Minha preocupação é existir a possibilidade de o Ribeirão dos Pintos ser atingido”,
Prefeito Neider Moreira (PSD), sobre garantia apresentada pela Usiminas ao Poder Executivo de que não há risco de rompimentos em Itatiaiuçu.

DOAÇÕES
Quase 80%
dos 77 deputados estaduais mineiros que terminaram a legislatura receberam recursos de empresas das áreas de mineração e siderurgia na campanha eleitoral de 2014. Sávio Souza Cruz (MDB), que fez campanha em Itaúna para se reeleger, foi o segundo maior recebedor, com R$ 340 mil, segundo levantamento da rádio Itatiaia.

CONTRA A ONU Questionaram na terrinha, essa semana, a validade da Organização das Nações Unidas (ONU), maior organismo mundial e de integração entre países, que atua pela paz e o desenvolvimento. Felizmente, até o presente momento, não necessitamos da atuação da ONU em Itaúna, cidade com excelente qualidade de vida. Tampouco, da atuação humanitária. A ONU é determinante em áreas de conflito de guerra e caos social. Sugiro a essa turma questionar a validade aos países em que a ONU atua. Mãos à obra!

Prefeito Neider (esquerda) e vereador Da Lua (direita) inauguraram a passarela

É PASSARELA MESMO Inaugurada no sábado (26), a passarela do Ribeirão Joanica, na Av. Walter Mendes, foi comparada à pinguela pelos críticos de plantão. Maldade. Ainda que concorde que o termo travessia fosse adequado, a simplória obra está amparada pelo dicionário da língua portuguesa. O Priberam define como passarela a “ponte para passagem de pedestres, construída sobre curso de água, estrada ou depressão de terreno”.

REFORMA DO MUSEU Enfim saiu a ordem de serviço para a reforma do Museu Municipal Francisco Manoel Franco. Fechado ao público há cinco anos, o histórico edifício de 1917 que abrigou a antiga Estação Ferroviária de Itaúna está literalmente jogado às traças. Desde 2007 o prédio é tombado pelo Município. Em 2014, o valor previsto para a obra era de R$ 25.435,49. A reforma do museu integra o projeto de revitalização da Praça da Estação, que desde o ano passado recebe eventos gastronômicos e culturais.

MUSEU (2) O caso do Museu Municipal é apenas mais um reflexo do desleixo do poder econômico e político com a história do Município. Em Itaúna, prédios centenários são demolidos da noite para o dia, cedendo vez à sede da especulação imobiliária. Restam poucas construções pioneiras na região central. Uma cidade sem memória.

FALE COM A COLUNA viuitauna@gmail.com

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Previous post Políticos cobram situação das barragens da região de Itatiaiuçu; Usiminas diz não haver risco de rompimento
Next post Homem morre depois de cair de edifício no Centro