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A Câmara Municipal de Itaúna reagendou a última reunião ordinária de 2019, inicialmente antecipada para esta quinta-feira (19), por duas vezes, com as assinaturas do presidente interino Hudson Bernardes (PSC) e do presidente, então afastado pela Operação Carona Sinistra, Alexandre Campos (MDB). A nova data prevista é a próxima quinta-feira (26), dois dias após a terça (24) – dia de véspera de Natal em que as seções são normalmente realizadas.
Campos obteve na Justiça mandado de segurança para ser reintegrado aos cargos de vereador e presidente, embora o próprio Legislativo ainda não tenha comunicado oficialmente a decisão, expedida pelo desembargador Doorgal Borges de Andrada.
Na pauta da próxima reunião estão a revisão do Plano Diretor, cuja nova proposta flexibiliza o licenciamento de imóveis na região das barragens Velha e do Benfica, e mais quatro projetos de concessão de terrenos à empresas, tema recorrente ao longo do ano na Casa e que não poderá ser votado novamente em 2020, em razão de ano eleitoral.
No primeiro adiamento, informado por meio do ofício 316/2019, na manhã de ontem, Bernardes justifica “evitar possíveis problemas legislativos e administrativos”, uma vez que a decisão judicial acolhe o retorno de Campos e a Procuradoria da Casa ainda não havia sido notificada.
Na manhã desta sexta-feira (20), ofício 317/2019 publicado no Facebook da Câmara, comunica que a próxima reunião foi reagendada para próximo dia 26 por não haver “tempo hábil” para a preparação das proposições a serem incluídas na Ordem do Dia. O documento, de acordo com a Câmara, já é assinado por Campos, afastado no último dia 10 pela Operação Carona Sinistra do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG).
A ação investiga fraude na contratação de agência de publicidade por meio de adesão à ata – procedimento conhecido como carona –, contratação de telão de LED e superfaturamento na veiculação de publicidade do Poder Legislativo de Itaúna.
Em substituição à Campos, o suplente Joselito Gonçalves Morais (MDB) havia assumido como vereador em 17 de dezembro. Com a decisão judicial, Morais permaneceu apenas dois dias no cargo.
OUTRO LADO Questionada pelo @viuitauna sobre a reintegração do vereador e presidente não ter sido comunicada, a assessoria de imprensa afirmou que a Câmara foi notificada às 18h desta quinta e ainda não teve acesso ao documento, em posse do procurador Marcos Penido.
O MPMG afirma que tem conhecimento, porém ainda não foi notificado sobre o mandado de segurança. “A partir desta notificação os promotores responsáveis analisarão a situação”, afirma o órgão.
Ladrão que fica na cadeia é só ladrão de galinha os outros ladrões saem livte