Eugênio Pinto e Iris Léia são condenados a ressarcir o Município por gastos com viagem à Espanha

Bruno Freitas
@viuitauna

O ex-prefeito Eugênio Pinto (PT) e a ex-chefe de gabinete e primeira dama, Iris Léia Rodrigues, foram condenados pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) a ressarcir o Município de Itaúna em cerca de R$ 46 mil, pela prática de ato de improbidade administrativa. O valor, atualizado, foi gasto em uma viagem internacional com as despesas pagas pela Prefeitura, sob o pretexto de Rodrigues participar do Seminário Binacional de Gestão Pública, realizado em Santander, na Espanha, em abril de 2011.

A condenação, de acordo com o Ministério Público do Estado de Minas Gerais (MPMG), é definitiva, não cabe recurso e inclui a suspensão dos direitos políticos de ambos até 2027. Eugênio Pinto foi prefeito de Itaúna por duas vezes, entre 2005 e 2008, 2009 e 2012, e pretendia disputar as próximas eleições em 2020.

Conforme as informações divulgadas pelo MPMG, o seminário internacional não foi de qualquer valia para o Poder Executivo, visto que “privilegiava visitas turísticas culturais, almoços extensos e jantares”.

Autora da denúncia contra o ex-casal, a Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público da Comarca de Itaúna verificou que o Município pagou em duplicidade pelos gastos com transporte, hospedagem e alimentação da viagem. A ex-chefe de gabinete recebeu R$ 7.126,87 e ainda foram pagos R$ 4.158,40 a uma empresa de turismo. Houve também o pagamento de diárias por período maior que a duração do evento.

RESSARCIMENTO E MULTA Os ex-agentes públicos foram condenados solidariamente ao ressarcimento das despesas pagas com a viagem, em valor atualizado de R$ 46.107,90, além do pagamento de multa civil, cada um, no valor de R$ 23.053,95.

Além disso, ainda de acordo com o MPMG, foram condenados à suspensão dos direitos políticos a partir do trânsito em julgado da decisão, em 25 de setembro, o que significa que não podem ser candidatos em eleições até 2027.

OUTRO LADO Ao @viuitauna, Eugênio Pinto disse que ainda não foi comunicado do teor da decisão e pretende se reunir nesta quinta-feira (28) com sua advogada.

Iris Léia Rodrigues alega que já tinha conhecimento da decisão, mas embora não concorde, irá acatá-la. A ex-chefe de gabinete afirma ainda que se afastou da política desde 2012 e essa foi a primeira condenação contra ela nesse ano – nas demais, alega, foi absolvida.

“Desde 2012 estou completamente desligada da política. Minha vida tomou um rumo completamente diferente. Sou muito grata ao que aconteceu comigo lá atrás porque hoje vivo muito melhor do que antes. Nunca mais quero saber de política”, afirmou, por telefone.

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