Com a produção paralisada desde dezembro, a Companhia Tecidos Santanense poderá retomar a produção ainda em julho. A informação é do Sindicato dos Tecelões de Itaúna, que se reuniu com representante da empresa nesta quinta-feira (6). Durante o encontro, a companhia têxtil, parte do Grupo Coteminas, informou que acertou o pagamento do mês dentro do quinto dia útil, bem como benefícios, e se comprometeu a concluir, até a próxima semana o pagamento de benefícios pendentes.
“Assim que acertar, com certeza a volta a retornar. Acredito que a partir do dia 20 já esteja funcionando”, afirma a advogada Sandra Regina de Paula Vitor, assessora jurídica do Sindicato dos Tecelões de Itaúna, ao @viuitauna.
Em Santa Catarina, o Ministério Público do Trabalho (MPT) emitiu notificação recomendatória para que a Coteminas se abstenha de fazer demissões na planta de Blumenau sem antes negociar com a categoria, após a empresa oficiar o Sindicato dos Trabalhadores Têxteis de Blumenau, Gaspar e Indaial (Sintrafite) sobre uma dispensa em massa de 700 funcionários, ainda em julho. Além de buscar impedir as demissões, o documento sugere alternativas como férias coletivas, licenças-remuneradas e escalonamento gradual de dispensas.
Durante assembleia na segunda-feira (3), os trabalhadores rejeitaram proposta para que as rescisões fossem pagas em até 15 parcelas.
A Coteminas diz que a unidade industrial de Blumenau passará por ajustes de produção, aponta matéria da Folha de S. Paulo. Segundo a empresa, será implantado na planta “um novo modelo de trabalho que exigirá novos equipamentos industriais e adequação do seu quadro de pessoal.”
Os trabalhadores acreditam que o novo modelo previsto pela companhia tenha relação com o contrato fechado com a gigante de e-commerce asiática Shein.
Em Itaúna, a representante do Sindicato dos Tecelões diz ter ouvido que “não haverá corte de pessoal”. Segundo Sandra, o último vale-alimentação pago é referente ao mês de fevereiro. Outro benefício, o vale-leite, não é pago desde setembro de 2022.
PRODUÇÃO NO NORDESTE Em 29 de junho, a Shein anunciou no Palácio do Planalto o início da produção, ainda em julho, de jeans, produtos de brim em geral e malhas de algodão em uma fábrica do grupo no município de Macaíba, no Rio Grande do Norte. A Coteminas inicialmente será a responsável pela produção das peças de vestuário na fábrica, que será abastecida pelo trabalho de outras oficinas de costura, espalhadas pelo estado nordestino.
A ideia, segundo o representante da Shein, Marcelo Claure, é investir cerca de US$ 150 milhões no processo de financiamento das fábricas e para treinamento de pessoal. A informação vem ao encontro de um aporte de R$ 100 mi na Coteminas apontado pelo prefeito Neider Moreira (PSD) em abril, embora a Springs Global, multinacional que controla as empresas do grupo Coteminas, tenha negado o investimento, em meio à crise que paralisou a produção nas unidades de Itaúna e Pará de Minas.
Procurada pela reportagem nesta quinta-feira, a Springs Global não retornou a reportagem.
muito legal esse site parabéns pelo conteúdo.
Ou seja, Lula voltou e está ajudando as empresas da família do finado companheiro novamente…ou alguém acha que esse aporte veio de bancos chineses?