Entrevista: Márcia Ambrósio, professora da UFOP e palestrante – “respeitem-me, por gentileza!”

@viuitauna

Convidada pela Secretaria Municipal de Educação para uma live que marcaria a abertura do ano letivo em Itaúna, em 12 de fevereiro, a professora da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) e palestrante Márcia Ambrósio declinou a apresentação, após, segundo ela, ser atacada pela extrema direita nas redes sociais. A docente, que defende uma educação diversa, inclusiva e laica, ficou perplexa com o que chama de “desrespeito explicitado”, provocado por um grupo, e afirma que não é pesquisadora na área de gêneros, como apontam.

Márcia alega que houve uma exposição inadequada do seu trabalho em Itaúna, reproduzindo um vídeo fora de contexto. Ela pede respeito. “Qualquer pessoa pode divergir das minhas ideias e concepções, mas devem ter cautela e apresentar argumentos sólidos. Torço para que a humildade e a empatia nos possibilitem estabelecer relações mais fraternas”, pondera.

Em nota, a reitoria da UFOP repudiou o episódio, o qual classificou como “intolerância”, e reforçou que o conhecimento permite às pessoas ter suas próprias escolhas, com respeito às diferenças, desde que estas não se sobreponham por meio do constrangimento e da violência. “Esse tipo de ação, que fere princípios básicos do estado de direito, agride a democracia e reforça um retrocesso em nosso processo civilizatório”, declarou a entidade. Leia a entrevista de Márcia Ambrósio ao @viuitauna:

Qual a sua visão sobre a educação, hoje, no Brasil?
No cenário mundial, vem sendo implementada uma cultura educativa que está refletida em currículos propedêuticos e revelados na forma de organização dos tempos/espaços escolares engessados e nos modelos avaliativos meritocráticos/excludentes. Nesse modelo, a lógica educativa está focada em uma suposta “produtividade” de sujeitos que devem ser dóceis e disciplinados. No contraponto, defendo para a educação básica e universitária, a partir do estabelecimento de um currículo integral e sociocultural, capaz de revelar novas possibilidades, reconstruir novos modelos de ensinar/aprender e avaliar, em coparticipação entre docentes/estudantes, na concretização efetiva de direitos sociais e culturais, hoje, fortemente ameaçados. A pandemia desafiou a escola a rever sua forma de organizar e de relacionar com o conhecimento. Entretanto, tais processos já poderiam ter sido instaurados muito antes na escola. Espero que saiamos dessa experiência mais abertos às novas modalidades de ensino – híbrido e a distância, sendo a tecnologia usada a favor do conhecimento.

Em meio à pandemia de COVID-19, crianças e adolescentes sofrendo os impactos do isolamento social, é o momento de se falar em volta às aulas presenciais?
A pandemia só desnudou o que já estávamos enfrentando em relação à busca de compreender o mundo em que vivemos, em nossas inseguranças, incertezas e, inclusive, as transformações nos espaços da intimidade. Todos(as) nós estamos sendo checados, desafiados a construir novas relações, estabelecer novos olhares, reorganizar nova forma de viver e relacionar com nossos (as) filhos(as), com os(as) parceiros(as), com nossos (as) alunos(as). O modelo escolar que tradicionalmente é adotado no Brasil já estava em xeque antes da pandemia, agora tornaram-se visíveis suas fragilidades e também revelaram que são possíveis novas formas de organização escolar, de relação professor/aluno e com o conhecimento.

As novas práticas que os docentes foram criando para o ensino remoto que vem sendo utilizadas como alterativa ao ensino presencial, podendo nos ajudar a fazer novas abordagens para compreensão das mudanças que estamos vivemos. Estudos têm mostrado os diferentes impactos para as crianças e adolescentes. Nas diferentes classes sociais enfrenta-se um sofrimento psíquico, aumentando também, na pandemia as agressões físicas e sexuais.

O isolamento afetou também, de forma dramática, a saúde dos(as) docentes e as relações familiares ficaram abaladas com as novas demandas colocadas em cena, sem um preparo prévio dos(as) professores (as) e dos pais. Analisando mais profundamente, a pandemia evidenciou a trágica realidade das pessoas que no Brasil e no mundo precisam viver em favelas, pois, além da aglomeração nas moradias que dificulta o isolamento, desnudam-se as condições também insalubres da vida dessas pessoas, o que favorece a disseminação da doença, revelando ausências adequadas de políticas públicas de inclusão. A volta às aulas presenciais, na minha opinião, deve ocorrer apenas quando o poder público tiver como garantia a imunização das pessoas por meio das vacinas, com evidências locais que tal procedimento não propiciará o aumento da circulação do vírus e colocará em risco a vida das pessoas. Outro destaque é que o retorno, quando autorizado, deve ser seguindo os protocolos rígidos de distanciamento, higienização e uso das máscaras.

A live tinha como tema “como docentes e estudantes aprendem”. O que seria abordado na apresentação?
A proposta da minha palestra foi inspirada em dois congressos que participei na Universidade de Barcelona, durante meu Pós-doutorado, em 2018-2019 e na obra recente “¿Cómo aprenden los docentes?”. A partir dessa minha imersão, articulando com temas de estudo desde os anos 2000, elaborei e apresentei à Secretaria Municipal de Educação a abordagem “Como os(as) docentes e os(as) estudantes aprendem? Abordagens cartográficas, corporais, virtuais, ecológicas, afetivas e metacognitivas dos aprendentes”.

Durante o encontro virtual com os(as) professores(as) da Rede Municipal de Itaúna faríamos um debate sobre como aprendem os(as) professores(as) dentro e fora das escolas a partir de abordagens cartográficas, corporais, virtuais, ecológicas, afetivas e metacognitivas dos(as) aprendentes. Levantaríamos reflexões importantes das concepções do aprender/ensinar/avaliar com intuito de repensar o significado da educação escolar, por meio estratégias didáticas interativas, autônomas, interdisciplinares, hipertextuais, metacognitivas, alinhadas à cibercultura e ao portfólio/e-portfólio de aprendizagem.

Professora ficou assustada com mensagens nas redes sociais e pediu cancelamento da live, que seria transmitida pelo YouTube da Prefeitura. Foto: Divulgação/Prefeitura de Itaúna

Entre os seus trabalhos estão os jogos didáticos, que causaram incômodo a algumas pessoas em Itaúna. Conte-nos quais são os objetivos dos jogos e como surgiu a ideia de criá-los.
A origem da pesquisa foi motivada pela realização de um projeto de extensão intitulado “O Corpo Brincante, as Brincadeiras, as Histórias infantis e o Uso do Portfólio como Processo Avaliativo”, para os polos UAB presenciais do Departamento de Educação e Tecnologias (CEAD/UFOP) e Pró-Reitoria de Extensão da UFOP, a partir de 2015. Nos anos de 2015 e 2016 fizemos o atendimento gratuito a diferentes profissionais envolvidos(as) – professores(as), gestores(as) e administradores(as) escolares, tendo uma expansão significativa em relação à proposta inicial: de 21 encontros/municípios, para 29 encontros/municípios, com a concretização de 43 minicursos realizados, o que favoreceu a formação de professores(as) em prefeituras dos estados de Minas Gerais, São Paulo, Bahia e Santa Catarina, com a emissão de 1500 certificados de participação.

Tal projeto de extensão deu origem a pesquisa denominada “O corpo brincante, o uso dos jogos e do portfólio de aprendizagem no processo educativo”, financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (FAPEMIG), em parceria com a UFOP, e coordenada por mim. Trazemos ideias inovadoras, brincantes e que oxigenam a didática educativa. Imaginem vocês trazer à tona discussões tão difíceis e complexas por meio de jogos de tabuleiro? Tais jogos foram criados por um professor que é mestre em história, pela UFOP e foi o bolsista na pesquisa. Durante o desenvolvimento do projeto, os jogos foram experimentados em três escolas, com a participação dos(as) estudantes envolvidos(as). Todo o material está disponível, gratuitamente.

A obra foi dividida em duas partes – Volumes I e II. O Volume I está dividido em 7 partes (capítulos): 1. Introdução; 2. A dimensão política da ação docente brincante; 3. Conceituando jogos; 3. O uso dos jogos como recursos didáticos e expressão do saber; 4. Cartografias Pedagógicas e uma nova relação com o conhecimento; 5. A coreografia das cartas: revelando as dimensões pedagógicas do jogo no processo educativo; 5. A grande jogada de saberes.

O Volume II apresenta cinco cadernos didáticos, de diferentes jogos, que discutem temas complexos. Os jogos Feudo War (Caderno 1) e Entre Trincheiras (Caderno 2) criam verdadeiros túneis do tempo que transportam o(a) jogador(a), por meio da imaginação, a contextos histórico-geográficos do Feudalismo e da Segunda Guerra Mundial. O terceiro caderno, do Jogo Trilha da Sustentabilidade, provoca a reflexão acerca das três dimensões do desenvolvimento sustentável: a econômica, a social e a ambiental, estimulando atitudes humanas que possam garantir a dignidade e igualdade da vida humana no planeta Terra. O quarto caderno, do jogo Entre Gênero, traz reflexões relevantes para a compreensão histórica e cultural acerca da identidade de gênero, sexualidade, orientação sexual e expressão de gênero. No jogo Revisionando (quinto caderno) uma arquitetura didática aberta é apresentada e instiga a inventividade de novos jogos. Tais produtos dão visibilidade à criação colaborativa e transdisciplinar do conhecimento, por meio de estratégias didáticas interativas, autônomas, hipertextuais, metacognitivas, alinhadas à cibercultura.

O objetivo das obras é fornecer subsídios para que os(as) professores(as) do Ensino Fundamental II e do Ensino Médio e licenciados das áreas de História, Geografia, Pedagogia, Ciências e outras áreas possam refletir, aprender e ensinar brincando sobre as temáticas propostas em cada caderno/jogo. Em alguns cadernos, apresentamos sugestões didáticas para dinamizar a cena brincante antes, durante ou após a experiência com o(s) jogo(s), tais como: discutir livros, filmes, documentários, artigos de opinião, reportagens, dissertações de mestrado, tese de doutorado, etc, que abordem a temática em proposição do jogo selecionado. Tal seleção pode ser feita pelo(a) docente, pelos(as) estudantes e/ou seguir a lista de indicações no fim dos Cadernos Entre Trincheiras, Trilha da Sustentabilidade e Entre Gênero.

A experiência destes jogos didáticos para o ensino/aprendizagem dos conteúdos escolares e temas transversais, mostrou-se durante nossa pesquisa como uma prática profícua e assertiva, sendo referendada pelos(as) participantes, nas diferentes etapas da nossa pesquisa.

A obra desbrava ao criar e disponibilizar uma plataforma virtual intitulada E-portfólio do Corpo Brincante, disponível no endereço www.e-corpobrincante.ufop.br, que possibilita assistir às videoaulas, baixar o e-book, os cadernos didáticos, os tabuleiros, as regras e as cartas de cada jogo. Todo material, em seu conjunto, poderá melhorar a interpretação, fazer fluir boas ideias, estimular a interação dos autores/interlocutores, instigar novas didáticas e a produção de novos jogos.

O prefeito Neider Moreira (PSD) disse que você e o secretário de Educação sofreram ameaças da extrema direita nas redes sociais e por isso a palestra foi cancelada. Você confirma? Como se sentiu a respeito?
Fiquei revoltada, indignada, perplexa e muito triste com tamanho desrespeito explicitado, por um grupo específico de pessoas que causou todo esse alvoroço, desencadeando uma série de manifestações. Estas no meu entendimento depreciam o meu trabalho e são tendenciosas. No Instagram do Conservadores Cristãos está sendo reproduzido um vídeo que gravei para convidar para o lançamento do caderno, sem que tenham minha autorização para o uso de imagem, direito que tenho respaldado pela carta magna. O vídeo vem seguido com uma nota do grupo, excluindo a descrição original que fiz do vídeo no meu Instagram. Tal reprodução já tem muitos comentários, sendo alguns, resrespeitosos, outros tergiversados.

De uma maneira geral, considero que há uma exposição inadequada do meu trabalho. Solicito, gentilmente, ao responsável, que seja excluído o vídeo e todos os comentários anexados e que seja feita uma devida retratação pública. Como medida de segurança, fiz o print de todos comentários e uma denúncia ao Instagram, informando que tal postagem faz de uso inadequado da minha imagem, instiga o discurso de ódio e promove a intolerância. Ademais, fico me perguntando: o que será de nós? O que será dos(as) docentes e pesquisadores(as) deste país? Sim, eu tenho um medo, mas esse medo também me impulsionou a reagir. Não usando a mesma fúria e destempero dos(as) que estão me “denegrindo verbalmente”, mas, para revelar minha luta, minhas conquistas, minhas produções profissionais, minha dedicação ao meu trabalho. E declaro: não irão apagar minha alegria docente, minha esperança em ver uma educação emancipadora ser edificada e colaborar para que nosso país se desenvolva, minimizando as mazelas da exclusão, por meio de projetos públicos de inserção social, no sentido de promover uma sociedade com pessoas melhores, mais justa e menos excludentes.

Estou sendo atacada por causa de um jogo que criamos, denominado de “Entre Gêneros”. Segundo a análise da professora S. B., p. 17, V.II, da nossa obra, tal jogo apresenta o assunto “de uma forma equilibrada, propõe o conhecimento da sexualidade humana, no intuito de erradicar preconceitos com base no conhecimento, na tolerância e valorização da diversidade. Estimula o educando a defender o ideal de uma sociedade onde a produção de ambientes de liberdade e pluralidade ofereçam espaço para que todos sejam felizes vendo-se respeitados em suas individualidades”.

Neste jogo, trabalha-se com o protagonismo dos(as) estudantes, envolvendo-os em suas práticas como agentes interventores das situações apresentadas no próprio jogo. Na página 91 explicamos a perspectiva do referido jogo: “tem uma perspectiva nova, pois não há ordem de movimentos. Para iniciar o jogo, o jogador precisará posicionar seu personagem sobre as letras [P] ou [T]. Esse ato proporcionará muitas jogadas com o dado tais como: cartas sobre um fato histórico da luta de gêneros (cartas tempo, representada pela letra T) ou debater um problema de ordem social, econômico ou político (cartas perguntas, representada, pela letra P). Assim sendo, durante a aula, (seja de história ou outra disciplina), surgem possibilidades de elaboração de relevantes reflexões, por meio da construção de um mapa interativo dos temas em pauta durante o jogo.

Informo para todas as mulheres que se sentiram confortáveis em denegrir meu trabalho nas redes sociais, que nossos direitos foram conquistados a duras penas, com sacríficos e mortes de mulheres guerreiras que nos antecederam e que não se renderam às insanidades da sociedade patriarcal. Lamento que usem os mesmos subterfúgios da sociedade machista, o que nos mostra o quanto ainda teremos que lutar. Em obra recente, denominada de “A Cruel Pedagogia do Vírus”, Boaventura Souza Santos (2020) destaca que a discriminação sexista e o feminicídio não cessam de aumentar e que o patriarcado não está moribundo, nem enfraquecido, e sim, continua se despontando na violência doméstica, na exploração sexual, nos estupros de meninas e meninos etc. e diria eu, em episódios como este em debate.

Por fim, respeitem-me, por gentileza! Respeitem os(as) docentes! Respeitem os(as) pesquisadores(as). Qualquer pessoa pode divergir das minhas ideias e concepções, mas devem ter cautela e apresentar argumentos sólidos. Não apenas emitir um juízo de valor sobre minhas pesquisas e publicações, sem que a conheçam em sua abrangência conteúdos e contextos de pesquisa. Sou professora há 32 anos, tenho experiência docente nos diferentes níveis e modalidades de ensino. Colaborei na implantação de práticas pedagógicas inovadoras na Secretaria Municipal de Educação de Belo Horizonte (SMED). Meus temas de ensino, estudos, extensão e publicações acadêmicas são: avaliação, autoavaliação, portfólio, webfólio, registros escolares, planejamento, projeto político-pedagógico (PPP), projetos de trabalho, relação pedagógica e didática na educação básica e no ensino superior, formação docente, fotografia e cinema na escola, relação pedagógica, brincadeiras e jogos como fonte de conhecimento, mediação pedagógica em ambiente virtual, avaliação a distância e o uso das TDICs, na sala de aula em todos os níveis e modalidades de ensino. A título de informação não sou pesquisadora na área de gêneros.

Tenho uma experiência profissional respaldada pelo crivo dos meus alunos que desde a educação infantil à Universidade, foram bem orientados(as), respeitados(as) e, como consequência, me respeitaram, também. Na universidade fui mais de 17 vezes convidada para ser paraninfa e/ou patronesse de diferentes turmas e em diferentes munícipios e estados do Brasil. Na cidade onde nasci, Chalé (MG), recebi o título de cidadã honorária, junto com meu pai que foi juiz de paz por mais de 30 anos. O professor E.M., também aqui atacado, indiretamente, por ser o criador do jogo, foi premiado como melhor estudante pesquisador, no Encontro de Saberes, na UFOP, em 2015.

Qual mensagem você gostaria de deixar aos itaunenses pela oportunidade perdida?
Gostaria de agradecer ao prefeito Neider Moreira, pelo convite. Agradecer por todas as manifestações de apoio dos diferentes segmentos desta cidade. Está sendo confortante a solidariedade de vocês, dos(as) meus/minhas alunos(as), dos meus colegas de profissão, da reitoria da UFOP, da direção da ADUFOP, que publicamente já manifestaram por meio de notas de repúdio.

Finalizo lembrando a analogia que Hannah Arent faz a relação entre infância e totalitarismo, dizendo que há uma equivalência entre o terror totalitário e a destruição da novidade inscrita no nascimento. Diz Arendt: “A necessidade do terror nasce do medo de que, com o nascimento de cada ser humano, um novo começo se eleve e faça ouvir sua voz, no mundo”. Se voltarmos ao nascimento de Belém como modelo de nascimento, o terror estaria encarnado no infanticídio de Herodes. Herodes quis controlar o futuro, com medo de que o nascimento de algo novo, colocasse em perigo a continuidade das “certezas” e “imposições” do seu mundo.Daí o ato totalitário por excelência: matar as crianças, para eliminar a novidade que poderia ameaçá-lo em seu poder[…]. Quem tem ouvidos para ouvir, que ouça! Que aprendizado! Quantos Herodes há em nós? Que aprendamos todos os dias a não matar a diferença! Um viva para todos(as) os seres humanos em suas singularidades e subjetividades!

Torço para que a humildade e a empatia nos possibilitem estabelecer relações mais fraternas. É importante destacar que sempre que os direitos dos seres humanos, dos animais e da natureza forem violados, toda a humanidade sofrerá perdas irreparáveis e é o que estamos sofrendo com esta pandemia e com as outras que virão. Minha vida está pautada pela amorosidade, pela ética, pela generosidade e pelo comprometimento social/ político. Não espero ter a aprovação da maioria. Porém, espero, sim, muito respeito.

Além disso, a escola deve ser laica. As instituições religiosas que têm como base principal do cristianismo, devem semear é o amor não o discurso de ódio.

Enfim, sintam-se abraçados(as) por mim – um abraço forte, que cura, que alimenta, que traz adrenalina (coragem e energia), oxitocina (amor e cumplicidade) e endorfina (energia positiva e prazer em viver). Sorriam e agradeçam a Deus e ao universo por sua existência. Faça dela uma experiência do bem! Fiquem em paz e eu ficarei também.

4 thoughts on “Entrevista: Márcia Ambrósio, professora da UFOP e palestrante – “respeitem-me, por gentileza!”

  1. Uma grande pesquisadora, uma pessoa lúcida, inteligente e amorosa sendo atacada por “cristãos” que chafurdar na lama e nas trevas! Vergonha, Itaúna! A ignorância, o preconceito, a intolerância e o ódio nos envenenam e não são bonitos não, viu?

  2. Parabéns, Márcia Ambrósio, pela competência profissional que sempre foi o seu ponto forte desde o início da carreira, por mim presenciado.
    Suas respostas foram lindíssimas, combinando com o seu jeito de ser, de viver e de entender o mundo que nos cerca.
    Espero firmemente que seja feita a justiça, e que os responsáveis sejam exemplarmente punidos.
    À você, todo o nosso apoio.

  3. Márcia é uma pessoa extremamente inteligente, competente e amorosa. Esses conservadores não sabe o quanto ela valoriza a família…ela não é uma pessoa…Márcia é um evento…de otimismo, bondade e alegria de viver.
    Continue sua luta porque sua família sempre estará ao seu lado por uma educação inclusiva, pública e de qualidade.
    “Quem tem ouvidos para ouvir, ouça!!!

  4. Conheço muito bem sua história , sempre foi uma mulher guerreira , conquistou tudo com muita garra , estudo , pesquisas e com projetos de uma educação que era para todos . Seus alunos tinham orgulho como era apresentava suas aulas e como era tratada por ela com empatia .
    Você Márcia sempre propagou a educação com amor e conhecimento e muito lutas . Vc é referência pra muitos que querem uma educação pra todos de qualidade .
    Estou com você , pode sempre contar comigo . Faço minhas as suas palavras .
    Dr Márcia ninguém pode apagar sua luz, pois vc tem luz própria.

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