Polícia Penal de Minas encerra o ano com redução de 59% no número de fugas, destaca Estado

@viuitauna

De acordo com o Governo de Minas, investimentos na Polícia Penal do Estado resultaram em redução de 59% no número de fugas nas 182 unidades prisionais mineiras em 2022. A queda nos índices chega a 79% quando o comparativo é feito com 2018. Ao longo do ano foram registradas 44 fugas; enquanto em 2021 foram 108; e em 2018, 211. O Estado destaca ainda que nos últimos três anos nenhuma rebelião foi registrada em Minas.

Os dados refletem o trabalho de uma força a cada dia muito mais preparada e madura, com grupamentos especializados para áreas determinadas de atuação, como o Grupamento de Intervenção Rápida; o Grupo de Escolta Tático Prisional e o Comando de Operações Especiais. São homens e mulheres conscientes da sua importância e do seu papel fundamental para o fortalecimento do sistema de segurança pública de Minas Gerais.

Somente neste ano, 1.019 cautelas permanentes de arma foram concedidas aos profissionais. Nos últimos três anos, foram 2.831, ao todo. Somando-se às cautelas, quase 13 mil carteiras físicas de identificação funcional já foram entregues à Polícia Penal, um pleito antigo da categoria e prontamente providenciado pela atual gestão da Sejusp.

Para fortalecer o trabalho diário de quem cruza as muralhas de presídios e penitenciárias, 209 viaturas foram distribuídas no período de 2019 a 2022. Todos os veículos já foram plotados com a nova identidade visual da Polícia Penal de Minas Gerais. Recentemente, uma compra histórica foi finalizada em benefício dos policiais penais. A primeira compra internacional trouxe para o Departamento Penitenciário mineiro 1.500 pistolas da marca italiana Beretta que, em breve, serão distribuídas.

“É um trabalho intenso que é feito diariamente, com atuação incessante das nossas 19 diretorias regionais de Polícia Penal. Os números mostram o relevante trabalho dos nossos policiais penais da ponta e das áreas técnicas e administrativas, que hoje reconhecem a importância de todas as frentes e de todos os profissionais para o alcance dos resultados que estamos colhendo. Percorremos um longo caminho, mas somos um time e estaremos cada vez mais preparados para contribuir com a segurança pública do país”, afirma o diretor-geral do Departamento Penitenciário de Minas Gerais, Rodrigo Machado.

AGILIDADE E INTEGRAÇÃO Para melhorar o fluxo de atendimento e resolução de eventos e ocorrências que são de responsabilidade da administração prisional, a Polícia Penal ganhou a Central de Ocorrências e Eventos (Coepp). A central funciona 24 horas e conta com uma equipe de policiais penais treinados, divididos em turnos, para o recebimento e direcionamento de ocorrências de todo o estado, como fugas, motins, subversão da ordem, apoio e acompanhamento de escoltas e apoio ao cumprimento de mandado de prisão ou em abordagem policial a indivíduos que estão sob monitoramento de tornozeleira eletrônica.

Para ampliar o time, a Central Integrada de Escolta e Apoio Operacional (Ceaop) e o Sistema Integrado de Patrulhamento Aéreo via Drone (Sispaer) profissionalizaram as ações. Neste último ponto, a Polícia Penal mineira é destaque nacionalmente. O Grupamento de Patrulha Aérea (Gpaer) é um dos mais fortes do país e tem oferecido diversos cursos para outras forças da federação. No início deste mês, policiais penais mineiros ministraram um curso para 20 outros colegas de 10 estados. A expertise da Polícia Penal de Minas Gerais no cenário aéreo não tripulado é, sem dúvida, uma grande vantagem estratégica na prevenção de segurança no perímetro externo de unidades prisionais.

Presente nas mais importantes operações integradas do estado, coordenadas pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), a Polícia Penal é uma das forças de segurança com assento no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), local que funciona como um QG estratégico para tomadas rápidas de decisões integradas de segurança pública e monitoramento do estado. Nas operações integradas, a Polícia Penal também está nas ruas e, muitas vezes, atuando com o seu Grupamento de Operações com Cães – GOC, que conta com policiais penais e cães policiais farejadores com elevada capacidade para dinamizar o patrulhamento e encontrar ilícitos.

SAIBA MAIS:
1/4 dos presos em Minas trabalham

Entre os estados do Sudeste, é em Minas onde o maior número de presos trabalha – proporcionalmente à população carcerária. Por meio de 537 parcerias firmadas com empresas privadas e prefeituras municipais, cerca de 1/4 dos custodiados de Minas Gerais está saindo das celas em direção ao trabalho. A expectativa do Governo de Minas, por meio do trabalho desenvolvido pelas equipes de várias áreas do Depen-MG, é de que este número seja ampliado consideravelmente. Para se ter ideia, 41% das mulheres custodiadas estão trabalhando. Um quarto dos presos frequenta as salas de aula, maior número dos últimos quatro anos. Minas tem a terceira maior população carcerária do país: cerca de 60 mil internos. (com informações da Agência Minas)

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